#15 RECORDAÇÕES DO ESCRIVÃO ISAÍAS CAMINHA, LIMA BARRETO, PARTE 5
No último episódio do Literatura Oral, vimos a situação de fome que Isaías Caminha está vivendo no Rio de Janeiro. Ele travou conhecimento com a filosofia do Positivismo, uma doutrina que teve muita influência nos primeiros anos da República no Brasil, que inicia em 1889, determinou o lema da nossa bandeira, “Ordem e Progresso”, um lema duro e frio, nada humanitário, e me parece que o Positivismo induz mesmo a esse pensamento em que a exatidão vale mais que a humanidade. Que pena. Entramos na República endurecidos, burocratizados. Isaías recebe do tio Valentin uma carta contando que a mãe dele está de cama, nas últimas. E ele, que nem andava pensando na mãe, se comove ao lembrar dela, de saber da iminência de sua morte, e principalmente se entristece em pensar que talvez ela nunca tenha sido feliz, magérrima, humilhada pelos cantos, sem nunca ter sido amada. Com essa tristeza no semblante, ele se abre com o jornalista russo Gregoróvitch, e escuta dele que apareça na redação do O Globo.
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