No último episódio, li o poema I Juca-Pirama, de Gonçalves Dias. Nesta faixa bônus vou ler uma crônica minha, publicada no Portal Paralelo 29, em 3 de outubro, “O brechó da Rio Branco”.
Mas antes, deixa eu comentar com vocês o que eu ouvi sobre o método da narrativa oral de mitos, mas que se aplica a escutar literatura de forma geral. O vídeo que eu assisti era sobre o método de narrativa dos mitos, que aconteceu em diversas civilizações. Diferentes povos sentaram no entorno de fogueiras pra escutar os mais velhos contar sobre mitos de origem daquele povo, mito de formação do território, mito que protege o espaço daquela tribo, enfim. E a ideia é de que o storytelling, o contar narrativas oralmente e parar para escutar essas narrativas repetidas gerações após gerações, desperta certas emoções e pode fazer com que a pessoa se sinta desconectada momentaneamente da sua cultura e transportada para a cultura, ou para o tempo mítico da história narrada. É como se, ao se concentrar no que está ouvindo, a pessoa pulasse pra dentro da história. Esse descolamento do seu entorno faz com que a pessoa veja com mais clareza o seu próprio espaço, a sua cultura, os problemas e benefícios do tempo que habita, por contraste com o tempo/espaço visitado mentalmente enquanto escuta a narrativa oral.
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