Um dia Confúcio foi visitar o templo de um dos antepassados do seu estado. E ele observou no templo um utensílio que ele não conhecia. Como se fosse um cálice, suspenso em uma estrutura de metal apoiada na mesa. E esse cálice estava inclinado.
E, sem entender direito a dinâmica do utensílio ali exposto, Confúcio perguntou pro sacerdote do templo o que era aquele objeto.
E o sacerdote disse que aquele utensílio ficava do lado direito do assento do governador. Confúcio, então, já soube que cálice era importante porque só se colocava do lado direito do trono coisas que o imperador e os governadores tinham por grande valor.
Então Confúcio se lembrou de ter ouvido falar de um cálice inclinado. E, pelo diálogo que teve com o sacerdote, nós aprendemos que a dinâmica do misterioso objeto era a seguinte:
Quando estava vazio, o cálice ficava inclinado. Do jeitinho que ele tava ali enquanto eles conversavam sobre ele. Quando água ou vinho eram despejados dentro do cálice, ele ficava reto, centralizado, perfeitamente equilibrado no eixo. Mas a centralização, a retidão do cálice dependiam do detalhe: ele deveria estar cheio até a metade. Porque líquido em excesso fazia com que ele virasse completamente.
Então era a exata quantidade de líquido, nem mais nem menos, que fazia com que o objeto ficasse suspenso exatamente reto e centralizado.
中而正,满而覆,虚而欹.
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