As causas e consequências da crise na Argentina
A Argentina atravessa uma das maiores crises econômicas da sua história. Com a inflação nas alturas, 4 em cada 10 cidadãos se encontram abaixo da linha da pobreza. Já os preços dos alimentos foram os que mais subiram e no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação passou dos 60%.
Para tentar conter este avanço inflacionário, o Banco Central argentino já aumentou a taxa básica de juros para mais de 50% ao ano. O agravamento da crise tem levado cada vez mais pessoas às ruas para protestar. Milhares de argentinos marcharam até a Casa Rosada, sede do governo, contra a pobreza que vem aumentando no país.
Essa crise tem origem política também, o presidente Alberto Fernández e a vice Cristina Kirchner não se entendem sobre a condução da política econômica do país, o que agrava o cenário. O aumento de gastos, defendido por Cristina, levou o ministro da Economia a renunciar e a substituta dele também.
Para tentar salvar a economia fragilizada do país, o governo aposta em um superministro da Economia: Sergio Massa. O ministro disse que não tem um plano, e sim objetivos e planos de voo: recuperar reservas para o BC, estabilizar a inflação e recuperar a confiança do mercado. O novo titular da pasta é conservador e representante de um peronismo de centro-direita, o que destoa da centro-esquerda do presidente Alberto Fernandez.
No episódio desta quarta-feira, 03, vamos falar sobre a situação econômica da Argentina e seus efeitos para a América do Sul, com o economista Fábio Giambiagi, pesquisador do FGV IBRE.
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Apresentação: Emanuel Bomfim
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Gabriela Forte
Montagem: Moacir Biasi
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