A retórica do ódio bolsonarista e seu papel nas eleições
Nos últimos dias, integrantes da ala mais radical e à direita da gestão Bolsonaro têm protagonizado ataques contra críticos do governo. Além disso, membros da Secretaria Especial da Cultura estão sendo investigados sobre gastos de mais 39 mil reais em uma viagem para os Estados Unidos.
Por causa dessa situação, o titular da pasta, Mario Frias, teve sua viagem para Rússia, Hungria e Polônia cancelada. O escritor Paulo Coelho comemorou a notícia nas redes sociais, e foi chamado de “maconheiro” e “idiota” pelo secretário nacional de Fomento e Incentivo à Cultura da Secretaria Especial de Cultura, André Porciuncula:
Ao mesmo tempo, outro integrante do governo Bolsonaro resolveu dar as caras e proferir agressões no Twitter. A vítima foi o congolês Moïse Kabagambe, brutalmente assassinado em um quiosque no Rio de Janeiro, quando foi cobrar salários atrasados. O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, fez uma postagem em que diz que o jovem foi um "vagabundo morto por vagabundos mais fortes."
Como essas últimas declarações de membros do governo têm repercutido dentro do Palácio do Planalto e no mundo político? Que tipo de estratégia Bolsonaro vai adotar até as eleições? Conversamos sobre o assunto com o repórter do Estadão em Brasília, Vinícius Valfré.
E que peso terá a extrema direita nas eleições? Vamos conversar com a antropóloga Isabela Kalil, professora da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e coordenadora do Observatório da Extrema Direita.
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Apresentação: Emanuel Bomfim
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Ana Paula Niederauer
Montagem: Moacir Biasi
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