Esta semana o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, se reúne para definir e fixar a taxa de juros básica da economia. A expectativa do mercado é que a taxa Selic chegue aos dois dígitos e passe de 9,25% para 10,75%.
Este ciclo de alta na taxa de juros começou ainda em março de 2021, quando a Selic subiu de 2% para 2,75% ao ano. Desde lá, foram 7 subidas seguidas até o atual patamar, que é o maior dos últimos 4 anos.
O Banco Central tem elevado os juros para combater a inflação, que atingiu 10,06% ao ano em 2021. A instituição atua com base no sistema de metas de inflação. Entre as previsões do mercado financeiro está que a taxa suba para 11,75% ao ano, no próximo mês de março, e que volte a cair somente no começo de 2023.
O aumento da Selic é consequência de uma série de fatores como a pandemia e a crise hídrica, que geraram aumento nos preços da energia elétrica e dos alimentos. A falta de insumos para produção, em razão da pandemia, também ajudou na alta dos preços.
Para a consultora econômica, Zeina Latif, a desorganização fiscal do governo influenciou no aumento da inflação. “Não existe ação do ministro da Economia para o compromisso com a disciplina fiscal. Cada vez mais a política econômica sai das mãos do governo e fica com o Congresso e isso atrapalha o trabalho do Banco Central”, afirma a economista ao podcast.
O controle da inflação poderia auxiliar para a redução da taxa Selic novamente. Porém especialistas dizem que essa redução deve ficar somente para 2023. E está condicionada às decisões do governo eleito este ano, como uma política de credibilidade para as contas públicas e reformas econômicas.
No episódio do podcast desta terça-feira, 01, vamos falar sobre o aumento na taxa de juros e as consequências para economia com a consultora econômica, Zeina Latif.
Apresentação: Emanuel Bomfim
Produção/Edição: Jefferson Perleberg, Julia Corá e Gabriela Forte
Montagem: Moacir Biasi
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