O assalto aos cofres públicos do fundão eleitoral
O Congresso Nacional resolveu derrubar um veto do presidente Jair Bolsonaro referente à Lei de Diretrizes Orçamentárias, que tirava cerca de R$ 5,7 bilhões em recursos públicos para o fundo eleitoral em 2022. Com a decisão, esse será o valor que os partidos terão para investir em suas campanhas.
A aprovação do novo valor do fundo eleitoral foi um dos raros momentos da atual política brasileira que uniu parlamentares da base do governo e da oposição. O bloco liderado pelo Centrão encabeçou as articulações na Câmara. Tanto o PL, partido do presidente, quanto o PT, do ex-presidente Lula, votaram a favor do fundo eleitoral. Apenas o PSOL, Novo, Podemos e PSL orientaram que suas bancadas votassem contra o aumento do fundão.
A equipe econômica do governo defendia que o valor se mantivesse em R$ 2,1 bilhões. Ao vetar esse trecho da LDO, Bolsonaro argumentou que a medida “contraria o interesse público”. Os partidos que sairão com uma bolada de toda essa história são PT e PSL, com cerca de um bilhão de reais cada.
Conforme o Estadão/Broadcast revelou na semana passada, para aumentar o fundo, parlamentares pretendem tirar recursos da própria Justiça Eleitoral, responsável por organizar as disputas nas 5.568 cidades do Brasil, atualmente previsto em RS 10,3 bilhões.
No episódio do ‘Estadão Notícias’ desta terça-feira, 21, vamos conversar sobre esse assunto com o cientista político e coordenador do blog e podcast ‘Legis-Ativo’, Humberto Dantas.
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Apresentação: Gustavo Lopes
Produção/Edição: Jefferson Perleberg e Ana Paula Niederauer.
Montagem: Moacir Biasi
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