A busca pelos votos dos religiosos deve se intensificar às vésperas das eleições, principalmente pela força adquirida por este grupo ao longo dos anos. No último levantamento feito pelo Datafolha sobre religião, em 2020, os evangélicos representam cerca de 31% da população brasileira.
No Congresso Nacional, a bancada evangélica está cada vez mais numerosa. Em 1994, eram 21 deputados federais, hoje já são 105 deputados e 15 senadores, o que equivale a 20% dos parlamentares das duas casas.
A chamada Bancada da Bíblia tem em comum a defesa dos valores cristãos, como a “defesa da família”, incluindo propostas legislativas restritivas a direitos reclamados por movimentos de mulheres, negros, indígenas e LGBTI+, entre outros.
Essa força foi demonstrada na pressão feita por lideranças evangélicas e parlamentares da Bancada da Bíblia para pautar a sabatina do indicado de Jair Bolsonaro ao STF, André Mendonça, que também é pastor. Com toda a mobilização de líderes religiosos no Congresso e fora dele, o Senado aprovou o nome de Mendonça para o STF.
Boa parte desses pastores, principalmente os das maiores igrejas, está ao lado do presidente Jair Bolsonaro, e veem a esquerda como uma ameaça aos valores cristãos. No entanto, evangélicos progressistas repelem a noção de um bloco monolítico de fé, como se todo fiel seguisse cegamente o que Malafaia, Edir Macedo e outros dizem.
Para debater sobre esse assunto convidamos ao ‘Estadão Notícias’ desta quinta-feira, 2, o Pastor da Igreja Batista do Caminho, Henrique Vieira. E para discutir o viés político do tema conversamos com o cientista político do Insper, Leandro Consentino.
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Apresentação: Emanuel Bomfim.
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Ana Paula Niederauer.
Montagem: Moacir Biasi.
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