O touro da bolsa e o estopim para uma revolta social
O mercado brasileiro foi impactado na semana passada com uma notícia que não tem nada a ver com indicadores econômicos, e sim com uma escultura, mais precisamente a de um touro dourado que foi colocado na frente da Bolsa de Valores de São Paulo.
A estátua é quase uma cópia do já existente touro de bronze de Wall Street, em Nova York. Para quem trabalha no mercado financeiro, o touro representa “otimismo e a força dos investidores”.
No entanto, desde que foi colocado em frente ao prédio, que fica na região central de São Paulo, o touro se tornou um ponto de protestos contra a fome e contra os ricos. Os movimentos Juventude Fogo no Pavio e Movimento Raiz da Liberdade colocaram cartazes no touro com a palavra “fome”. Em outro ato, foi pichado a frase “taxar os ricos”
A muito tempo já se discute a taxação de grandes fortunas no Brasil. No entanto, o debate sobre o tema é sempre deixado de lado. Neste momento, existem, pelo menos, 37 projetos que tratam do tema, parados no Congresso Nacional. A implementação de um imposto sobre grandes fortunas está prevista na Constituição de 1988.
Afinal, taxar grandes fortunas ajudaria a diminuir a desigualdade social no Brasil? Quais medidas poderiam ser tomadas para diminuir o abismo entre ricos e pobres no País?
No episódio do Estadão Notícias desta segunda-feira, 22, convidamos o professor de economia da FEA-USP, Paulo Feldmann, para analisar essa questão. Além disso, o repórter fotográfico do Estadão, Tiago Queiroz, dá um depoimento sobre uma foto que viralizou que mostra um catador de recicláveis na frente do touro de ouro.
O Estadão Notícias está disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência.
Apresentação: Emanuel Bomfim.
Produção/Edição: Gustavo Lopes e Ana Paula Niederauer.
Montagem: Moacir Biasi.
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