Legalizar jogos de azar: solução ou problema para o Brasil?
Até 1946 os jogos de azar eram liberados no Brasil. O presidente Eurico Gaspar Dutra (1883 - 1974), sob o argumento de que o jogo era degradante para o ser humano, resolveu revogar a licença das casas de apostas. Arquivos da época mostram que havia no País cerca de 71 cassinos que empregavam cerca de 60 mil pessoas em empregos diretos e indiretos.
Os bingos voltaram a funcionar legalmente nos anos 90, mas, em 2004, um escândalo envolvendo Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil José Dirceu, colocou um fim à atividade. Diniz foi acusado de extorquir dinheiro de empresários donos de bingos para arrecadar fundos para o Partido dos Trabalhadores.
Atualmente, alguns setores da sociedade brasileira defendem a legalização dos jogos de azar, argumentando que os cassinos gerariam empregos e a tributação deles ajudaria na arrecadação federal. No entanto, há diversos fatores negativos que devem ser considerados, na esfera criminal e de saúde pública.
Após várias tentativas nos últimos anos, a bandeira da legalização volta a ganhar força no Congresso Nacional, mas não sem causar rachaduras na base de apoio do governo. De um lado, o Centrão age para aprovar a liberação de uma proposta ampla, que inclui até jogo do bicho, sob a justificativa de que vai alavancar a economia e o turismo. Do outro, a bancada evangélica afirma que o vício nos jogos prejudica as famílias e corrompe valores religiosos defendidos por eles.
No episódio do ‘Estadão Notícias’ desta segunda-feira, ouvimos o relator do projeto, o deputado federal, Felipe Carreras (PSB-PE), e o psiquiatra Hermano Tavares, professor do Departamento de Psiquiatria da USP e fundador coordenador do Amjo - Ambulatório do Jogo Patológico. E sobre a queda de braço no Congresso, conversamos com o repórter do Estadão em Brasília, Lauriberto Pompeu.
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Apresentação: Emanuel Bomfim
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Ana Paula Niederauer.
Sonorização/Montagem: Moacir Biasi
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