Mulheres e negros: nova regra eleitoral vai ampliar a representação?
Uma nova regra eleitoral promulgada ontem (27) já fez com que os partidos comecem a buscar mais mulheres e negros como candidatos para as eleições de 2022. O texto aprovado pelo Congresso dá um “bônus” financeiro para as legendas que mais conseguirem votos em candidatos desses dois grupos.
Atualmente, os votos recebidos na eleição para a Câmara servem como base para o cálculo de quanto os partidos vão ganhar no chamado fundão eleitoral. Legendas com resultados melhores nas campanhas para deputado federal ganham mais, só que com essa nova regra, os votos em mulheres e negros tem peso dois, o que dobrará também o cálculo sobre a distribuição dessa verba.
Hoje, já existem as cotas obrigatórias para que os partidos tenham uma porcentagem maior de mulheres e negros candidatos, mas o Congresso resolveu reforçar ainda mais essa diversidade.
Para se ter uma ideia, se essa medida já estivesse em vigor, PSOL, PT, PSL, PCdoB e Avante seriam os que mais ganhariam, de acordo com levantamento da consultoria Neocortex e do Instituto Millenium com dados do Tribunal Superior Eleitoral. Por outro lado, PSD, PP, DEM, MDB e PSB, sairiam perdendo.
No episódio do ‘Estadão Notícias’ desta quarta-feira, vamos conversar sobre essa novidade na disputa eleitoral com o repórter do Estadão em Brasília, Daniel Weterman. E para debater a importância da iniciativa para o aumento da diversidade na política convidamos a deputada estadual de São Paulo e integrante da bancada ativista, Mônica Seixas (PSOL), e a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ). Quem também fala conosco é a diretora do Instituto Alziras, Michelle Ferreti.
O Estadão Notícias está disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência.
Apresentação: Emanuel Bomfim
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg, Ana Paula Niederauer e Rafael Nascimento.
Sonorização/Montagem: Moacir Biasi
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