Inflação, desemprego e múltiplas crises: economia vai afundar?
Na última semana, pressionado pelos efeitos das manifestações do 7 de Setembro, o presidente Jair Bolsonaro adotou momentaneamente um discurso mais moderado, sem os tradicionais ataques que faz a outros Poderes, especialmente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Essa metamorfose ficou cristalizada na nota intitulada “Declaração à Nação”.
O documento é dividido em 10 pontos e parece ser uma carta de desculpas pelas ameaças proferidas no feriado, quando participou dos atos em São Paulo e Brasília. A inflexão comportamental não foi obra única de Bolsonaro, já que ele precisou das digitais do ex-presidente Michel Temer para redigir o texto.
Outro episódio que evidenciou a mudança de postura de Bolsonaro foi o áudio em que o presidente pedia para os caminhoneiros que não paralisassem as rodovias. Muitos motoristas não acreditaram no conteúdo. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, teve que gravar um vídeo para confirmar a autenticidade do áudio de Bolsonaro.
O recuo na retórica hostil de Bolsonaro empolgou o mercado de ações. Agentes celebraram a trégua entre os Poderes, porém a duração da postura pacificadora do presidente é vista por especialistas com ceticismo. Além disso, os “problemas reais”, como a inflação em alta, continuam preocupando economistas.
O ambiente econômico pode melhorar com os novos sinais emitidos por Bolsonaro? O que é preciso ser feito para melhorar as condições de vida da população? Conversamos sobre o tema numa entrevista com o economista e ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola. E o que restou da agenda econômica do governo que pode prosperar no Congresso? Quem nos conta é a repórter do Estadão/Broadcast em Brasília, Idiana Tomazelli.
Apresentação: Emanuel Bonfim
Produção/Edição: Jefferson Perleberg e Ana Paula Niederauer
Montagem: Moacir Biasi
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