Dentro de Guantánamo: uma viagem à herança americana da Guerra ao Terror
A prisão de Guantánamo, criada por George W. Bush após os atentados de 2001 para trancafiar terroristas, atravessa governos americanos como uma herança incômoda da guerra ao terror. Os Estados Unidos chegam ao aniversário de 20 anos dos ataques com a prisão de Guantánamo ainda aberta, presos sem acusação formal e julgamentos intermináveis à margem da lei americana.
Não há respostas legais aos acusados pela arquitetura do ataque às Torres Gêmeas, nem responsabilizações pelos atos de tortura do próprio governo.
Obama fracassou em fechá-la. Trump nem tentou. Joe Biden promete acabar com o presídio que virou símbolo de tortura e violações, mas enfrentará resistências.
Neste episódio especial do 'Estadão Notícias', a repórter Beatriz Bulla, correspondente do Estadão em Washington, viaja até Guantánamo para contar qual é a situação atual da prisão e as curiosidades dessa base naval americana.
Cerca de 780 presos já passaram pela prisão, mas a maioria foi transferida para outros países ainda nos governos Bush e Obama. Hoje, são 39. Só dois dos detentos que continuam na base foram condenados pelas comissões militares. A maior parte nunca foi sequer acusada. Dez já podem ser transferidos para outros países; 17 têm casos que devem ser revisados e outros dez estão à espera da sua vez nas comissões militares. Entre eles os cinco acusados de arquitetar o 11 de setembro. A saída dos EUA do Afeganistão pressiona Biden a resolver esse imbróglio.
A reportagem do Estadão passou quatro dias em Guantánamo para acompanhar sessões das comissões militares, uma espécie de julgamento dos poucos detentos que foram acusados de terrorismo e crimes de guerra. E contamos tudo aqui.
Apresentação, roteiro e reportagem: Beatriz Bulla
Produção: Julia Corá.
Montagem: Carlos Amaral.
Editor do núcleo de áudio do Estadão: Emanuel Bomfim
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