O dilema da esquerda: é hora de ir às ruas contra Bolsonaro?
Movimentos de oposição ao governo Bolsonaro querem voltar a se manifestar nas ruas, em resposta aos últimos atos de apoio ao presidente. Neste sábado, mais de 100 cidades organizam ações para pedir o impeachment de Bolsonaro, mais rapidez na vacinação contra a Covid-19 e retorno do auxílio emergencial de 600 reais, além de manifestar apoio à CPI da Covid, em andamento no Senado.
No entanto, a esquerda brasileira vive um dilema. Defensores do isolamento social, parte dos movimentos e grupos contrários ao governo acreditam que não é o momento de se expor. Para tentar convencer o maior número de pessoas a comparecerem nas manifestações, os organizadores querem adotar regras rígidas de distanciamento e até distribuir máscaras tipo PFF2, considerada mais segura.
O fato de Bolsonaro ainda reunir multidão de apoiadores de ponta-a-ponta do País gera um temor de que os números das ruas evidenciem a ‘onda conservadora’ de forma concreta e contínua, desmontando a narrativa de que o presidente não conseguiria repetir o sucesso de 2018.
Afinal, conseguirá a esquerda mobilizar um grande número de pessoas nessa manifestação? Esses atos representam o primeiro passo para o que veremos em 2022? No episódio de hoje, vamos conversar sobre o assunto com o repórter do Estadão, Pedro Venceslau, e com uma das principais lideranças da manifestação deste sábado, o coordenador do MTST e candidato à prefeitura de São Paulo em 2020, Guilherme Boulos (Psol-SP).
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Apresentação: Emanuel Bomfim
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Julia Corá, Ana Paula Niederauer e Jayanne Rodrigues
Sonorização/Montagem: Moacir Biasi
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