Mais de 5 milhões de crianças e adolescentes ficaram sem aulas durante a pandemia no Brasil. É o equivalente a 13,9% da população com idade entre 6 a 17 anos. Os dados são de um levantamento divulgado na última quarta-feira, 28, pelo Unicef, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para a infância, em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).
A pesquisa traz um retrato do impacto da pandemia na educação brasileira, escancarando desigualdades e trazendo prejuízos possivelmente irreversíveis. Em novembro de 2020, quase 1,5 milhão de crianças e adolescentes brasileiros não estavam sequer matriculados em escolas. Outros 3,7 milhões estavam matriculados, mas não tinham acesso a atividades escolares em casa.
Em São Paulo, a Secretaria de Educação divulgou também dados aterradores: uma avaliação estadual mostrou que alunos de 10 anos têm hoje desempenho inferior ao que tinham aos 8 anos. Em áreas como Matemática, o governo estima que levará 11 anos para recuperar a aprendizagem perdida durante a pandemia nos anos iniciais do ensino fundamental.
No episódio de hoje, conversamos sobre o assunto com a repórter do Estadão Júlia Marques e com Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais, da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial.
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Apresentação: Emanuel Bomfim e Bárbara Rubira
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Ana Paula Niederauer e Bárbara Rubira
Sonorização/Montagem: Moacir Biasi
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