A legislação brasileira prevê que o Censo Demográfico seja realizado a cada dez anos. Mas o último foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) há mais de uma década, em 2010. A pesquisa prevista para 2020 foi adiada para este ano por conta da pandemia. Contudo, cortes no Orçamento ameaçam a realização do Censo em 2021.
Em nota divulgada em março, o IBGE já havia informado que o corte previsto no projeto do Orçamento de 2021 inviabilizaria a realização do Censo. Por conta disso, suspendeu, no começo de abril, a realização das provas dos concursos para contratação de recenseadores.
Mas na quarta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, determinou que o governo federal tome as providências para realizar o Censo. Para o decano, o cancelamento da pesquisa viola a Constituição. A decisão é em resposta a uma ação movida pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B).
“É uma fotografia que se não for atualizada gera um apagão estatístico. É o equivalente a entrar numa guerra sem munição e as armas necessárias”, afirma Paulo Rabello de Castro, ex-presidente do IBGE.
Afinal, ainda há tempo e recursos para realizar o Censo em 2021, depois de tantos cortes e contratempos? Qual o prejuízo de mais um ano sem o levantamento? No episódio de hoje, conversamos com o economista Paulo Rabello de Castro, ex-presidente do IBGE e do BNDES. O repórter do Estadão Rafael Moraes Moura também participa trazendo os bastidores da liminar no STF.
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Apresentação: Emanuel Bomfim e Bárbara Rubira
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Ana Paula Niederauer e Bárbara Rubira
Sonorização/Montagem: Moacir Biasi
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