A segunda-feira foi agitada no governo Bolsonaro. O presidente oficializou ontem, 29, seis trocas em seus ministérios. As mudanças ocorrem no momento mais agudo da pandemia de covid-19 no País, com recordes diários de mortes pela doença e colapso na rede de saúde de diversas cidades, e com o presidente sob forte pressão do Congresso e especialmente de integrantes chamado “Centrão”.
Foram demitidos o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, da Advocacia-Geral da União, José Levi, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que já vinha sob forte pressão há vários dias.
No Ministério da Justiça, Bolsonaro trocou André Mendonça, que volta a comandar a AGU. Outras mudanças foram de nomes que já integravam o governo e foram realocados: o general Walter Braga Netto assume o Ministério da Defesa e o general Luiz Eduardo Ramos vai para o seu lugar na Casa Civil, abrindo a vaga para a deputada Flávia Arruda (PL-DF) na Secretaria de Governo.
No episódio de hoje, quem traz os bastidores das trocas nos ministérios é o editor da Coluna do Estadão, Alberto Bombig. Contamos também com Roberto Goulart Menezes, professor de Relações Internacionais e coordenador do Centro de Estudos Latino-Americanos da UnB, que analisa o legado de Ernesto Araújo no Itamaraty. A correspondente do Estadão em Washington, Beatriz Bulla, conta da repercussão da saída do chanceler nos Estados Unidos.
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Apresentação: Emanuel Bomfim
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Ana Paula Niederauer e Bárbara Rubira
Sonorização/Montagem: Moacir Biasi
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