Podcast Marketing por Idiotas - RFM
Business:Management & Marketing
Big techs e o modelo freemium, marketing com a geração Z e a Google no hardware – e91s01
Monopólios da produtividade: Eles comem tudo e não deixam nada!
Esta semana venho falar-vos um pouco sobre BIG TECH de ferramentas de produtividade e as estratégias que estas grandes empresas como a Google, a Microsoft, a Apple literalmente engolem qualquer tipo de nova ideia que surja no mercado de software e SaaS b2b.
Vi recentemente um post na feed de um amigo, que segue outro amigo, que falava um pouco sobre os perigos que startups de produtividade enfrentam nos dias que correm.
Vamos falar por exemplo do slack, uma ferramenta que todos conhecemos, que começou e em 3 anos tinha uma facturação 100 milhões de Anual Revenue.
Parece um número impressionante e que já ajuda a combater uma grande empresa como a Microsoft…
No entanto 7 anos depois do lançamento do SLACK, em 2016, a microsoft lança o TEAMS.
E passado 2 anos já tinha ultrapassado em larga escala os utilizadores do SLACK.
Em 2020, com a pandemia, esperava-se um forte crescimento do slack que não aconteceu…o que aconteceu foi um crescimento ainda maior do TEAMS.
Há um ano atrás a Microsoft anuncia o lançamento do LOOP, outra ferramenta de produtividade no espaço ocupado pelo Notion, pelo Trello, etc.
Então o que aterroriza neste momento qualquer startup no campo da produtividade…?
Como se justifica que a microsoft lance um produto e 1 ou 2 anos depois tem mais utilizadores do que as startups bem financiadas conseguem em 7 anos?
O segredo está no pacote, ou no bundling.
Sempre que a microsoft vê uma empresa no campo da produtividade com um novo produto que cresce de forma viral, estilo typeform, slack, trello, etc, decide criar o seu próprio produto seguindo a mesma prosta de valor que originou o sucesso.
Até aqui competição normal, business as usual.
Mas depois vem a parte desleal…a microsoft coloca o novo produto dentro do bundle de produtos já existentes e oferece-o gratuitamente…garantindo assim que é utilizado pelo seu ecosistema e que ninguém que utilize produtos microsoft utilize ferramentas da concorrência…
Mesmo que o produto seja inferior, e geralmente é, é preciso sermos loucos para começarmos a pagar fora do ecosistema microsoft quando podemos ter á borla.
Finalmente quando o produto já tem uma boa base de utilizadores, passa a ser pago e mais uma vez uma big tech ganhou terreno.
Perguntas para o painel?
DIOGO
Num artigo esta semana com o título de “Porque o mass marketing não funcionará na genZ” fiquei curioso de saber a vossa opinião.
O artigo baseado num estudo da Horizon media de 987 Gen Zs defendem “que é improvável que o marketing de massa funcione para a Geração Z, que tende a rejeitar a cultura pop mainstream e abraçar culturas de nicho”. Segundo o estudo, esta geração, que representou cerca de 360 mil milhões de dólares em 2021, na maioria (91%) das pessoas de 18 a 25 anos disse que não existe cultura pop “mainstream”. Em vez disso, os consumidores da Geração Z adotam subculturas e comunidades de nicho, o que pode dificultar a vida aos mass marketers.
Entre os vários pontos e subculturas do estudo deixo aqui alguns dos pontos que achei interessantes:
Não no estudo mas recordo que também aqui no marketing por idiotas já questionamos, nomeadamente eu a vocês, um pouco sobre esta questão de hoje em dia sermos um pouco mais uma misturada de um pouco de tudo onde mencionei que sou meio geek, leio livros, adoro web analytics e gosto de kuduro progressivo. Isto para dizer que será que é uma coisa exclusiva da nova geração, qual é o programa que todos novos vemos em comum por exemplo?
Enfim o estudo parece muito bem feito e fala também mais aprofundadamente sobre cada uma das subculturas identificadas e da forma como os GenZ utilizam os vários meios. O link para o estudo fica em marketingporidiotas.pt para quem necessitar.
A minha questão para vocês meus amigos é sobre o que pensam, se será mesmo só a geração Z ou todos e pensam que estamos no local certo ao trabalharmos sobretudo no digital que permite uma comunicação mais para nichos?
Estudo: https://heyzine.com/flip-book/1dfa33b33a.html
https://digiday.com/marketing/the-rundown-why-mass-marketing-will-not-work-on-gen-z-its-all-about-subcultures/
Próxima semana: https://www.forbes.com/sites/forbesbusinesscouncil/2022/09/09/three-ways-to-counter-inflation-without-jeopardizing-the-client-experience/
FRED
Pode ser o pior pesadelo do Google.
Os reguladores anti-trust dos EUA estão a analisar o acordo de pesquisa da Google com a Apple, aumentando a perspectiva de que a pesquisa da Google possa perder a sua posição favorecida no navegador Safari em iPhones.
Para quem é novato nestas andanças do marketing, a Apple tem um acordo com o Google para não desenvolver o seu próprio motor de pesquisa na Internet enquanto o Google pagar para continuar a ser a opção padrão no Safari. A Apple recebe possivelmente, 8 a 12 mil milhões de dólares anuais por este acordo.
O problema que isto levanta é a possível ameaça ao negócio de anúncios móveis da Google.
Então o que é que a Google está a fazer para se desenrascar.
Está a duplicar o investimento no seu próprio hardware, incluindo os seus telefones Pixel, e esta semana foi reportado que está a mover o desenvolvimento de produtos e o pessoal de engenharia de software a trabalhar em dispositivos com a marca Google, noticiado pelo New York Times e já difundido em vários meios.
Coisas que cativaram a minha atenção:
– O CEO Sunder Pichai, disse que a aceleração da produção de dispositivos (entenda-se hardware) Google mantém a empresa “protegida”.
– O Google está preocupada com o facto de a Apple estar a consumir a quota de mercado da Samsung (a líder de mercado)
A decisão da Google de transferir pessoal de engenharia e desenvolvimento para hardware com a marca Google reflecte em parte as pressões económicas decorrentes de uma forte desaceleração no mercado de anúncios digitais.
O CEO da Google disse publicamente no mês passado que queria que a empresa fosse 20% mais eficiente, cortando em orçamento e contratações. Vão investir menos no desenvolvimento da sua pesquisa assistida por voz Google Assistant, Android Auto, no software Google TV para aparelhos de televisão.
Estas mudanças podem ser más notícias para uma série de fabricantes de hardware e de automóveis que fazem negócios com o Google.
A força crescente do iPhone é um problema para o Google.
Enquanto o Google Search é o motor de pesquisa padrão no navegador web Safari da Apple, a margem de lucro que o negócio gera com as vendas de anúncios é muito inferior ao que o Google obtém com os dispositivos Android porque o Google paga uma forte redução de receitas à Apple.
Além disso, os reguladores anti-trust dos EUA estão a tentar quebrar o acordo de pesquisa padrão do Google com a Apple como parte do seu esforço para controlar o poder do Google no mercado de pesquisa. Se os reguladores tiverem sucesso, o Google poderá perder uma parte significativa das consultas de pesquisa para rivais como o Bing da Microsoft – que já alimenta algumas pesquisas que têm origem em consultas de voz Siri em iPhones.
A partir de 2015, a Google começou a criar o smartphone Pixel da marca Google, mas a verdade é que ainda não produziu um telefone de grandes vendas. As vendas de telefones Pixel em 2021 ascenderam a 4,5 milhões em comparação com 230 milhões de iPhones enviados pela Apple e 275 milhões enviados pela Samsung, de acordo com a empresa de pesquisa Canalys.
Mas o Google não está a recuar. Aumentou a produção da última versão Pixel, a versão 7, que entrou à venda na semana passada a partir de $599 para o modelo básico e tem também o modelo profissional.
De recordar que a Google também adquiriu o aparelho Fitbit fitness tracker por 2 mil milhões de dólares. E no ano passado lançou o seu primeiro chipset para dispositivos móveis, semelhante aos esforços de longa data da Apple para o iPhone, para que os algoritmos de aprendizagem da máquina da Google possam correr mais rapidamente nos seus dispositivos.
Pergunta: O que é que a Google precisa para ser bem sucedida no Hardware ?
Leitura complementar:
Como a luta entre a Apple e o Facebook vai afetar a privacidade e os anúncios
[RAPIDINHAS – NOTÍCIAS DE MARKETING DIGITAL EM PORTUGAL E NO MUNDO ]
[Estatística da semana]
Segundo um estudo da Western University publicado no Journal of Experimental Social Psychology, um pedido feito em pessoa é 34 vezes mais eficiente do que pedir o mesmo por email.
https://hbr.org/2017/04/a-face-to-face-request-is-34-times-more-successful-than-an-email
Sobre o Podcast Marketing por Idiotas
O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico.
O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.
O conteúdo Big techs e o modelo freemium, marketing com a geração Z e a Google no hardware – e91s01 aparece primeiro em Podcast Marketing por Idiotas.
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