Na leitura de hoje, vimos que Seixas chegou a ficar noivo de Aurélia, mas recebeu a proposta de Amaral, com um dote de 30 contos para a filha, e optou pelo melhor negócio. Essa proposta do Amaral foi um incentivo do Lemos, que queria Aurélia com o noivado desfeito e frustrada pelo desprezo, para concordar com o empreendimento que ele tinha em mente para a sobrinha. Que me parece que era agenciar Aurélia como prostituta. Queria lucrar com a sobrinha, com quem ele nunca se importou antes.
Vimos que Seixas não tem firmeza de propósitos. Vai passar um tempo no campo, pra se recuperar de tanta festa na cidade e sai com a intenção de ficar dois meses, mas aguenta quando muito quinze dias. E notem que no Português da época da escrita do romance, 1875, dizia-se “dous”, e não dois. O que a personagem Seixas não conseguia de jeito nenhum era renunciar à vida elegante. O código de etiqueta ao qual essa personagem responde aceita falta de ética, como trair amigos, insinuar esperanças de casamento, mentir às mulheres. Nesse fragmento está contida uma crítica à etiqueta dos salões.
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