Intermediate Portuguese With Portuguese With Eli
Education:Language Learning
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And here is the monologue for your benefit:
Acho um pecado eu morar em Salvador e não ir para a praia com frequência, sabe? Mas isso não é por mim: é mais por minha esposa. Sempre que vou, quero que ela vá, mas ela não gosta de ir. No fim de semana passado, porém, decidi que ia pegar uma praia sem ela.
“Olha, que estou sentindo uma coisa ruim” – foi o que ela disse quando soube que eu ia.
Ah, meu amor, vai agourar outro! Claro, disse isso para mim mesmo, porque o que eu disse a ela foi:
“Não se preocupe, meu amor. Vou ter cuidado.”
E tive mesmo.
Como queria pegar um bronze, escolhi uma sunga em vez de um calção de banho. É mais chamativo, mas é melhor. Minha esposa sempre ia de biquini e chamava atenção dos marmanjos da praia; eu não me importava de chamar atenção também. E para me bronzear melhor, peguei uma espreguiçadeira que estava acumulando poeira no quintal. Ia ficar show na orla!
Também não queria ficar com queimaduras de sol, então peguei um protetor solar melhorzinho na farmácia antes de ir. Separei também uma garrafinha para a água, porque não posso descuidar da hidratação, né? E, como uma coisa leva a outra, também coloquei umas latinhas de cerveja na caixa térmica.
Antes de sair, ainda me certifiquei de que ela não queria mesmo ir. “Pode ir, meu anjo,” ela disse. “Só estou com um pressentimento...”
“Vire essa boca para lá,” eu disse em tom de brincadeira.
Mesmo com a praga dela, estava decidido a ir. E fui.
Chegando lá, céu limpo. Nem sinal de chuva. Então coloquei minha espreguiçadeira na areia, estendi minha toalha e me deitei. Daí, ouvi uma gritaria vindo de perto. Quando olhei, era um monte de gente correndo. Era um arrastão! Levaram tudo que eu tinha deixado à mostra. Mas pelo menos deixaram a cadeira.
Eu devia ter voltado para casa nesse instante, mas estava decidido a curtir a praia — além do quê, não ia dar o braço a torcer e dizer que minha esposa tinha razão. Então fiquei. Comprei um queijo no espeto. Chegaram outras pessoas ao redor. Então começaram os gritos. Dessa vez, eram crianças. Depois, os adultos. Eram os farofeiros. Não tinha nada contra eles, mas eles começaram a emporcalhar o ambiente e era chato ver a praia assim.
No fim das contas, o dia na praia foi uma droga. Mas ó: boca de siri. Se minha esposa souber, ela não vai mais parar de falar.
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