Mercadante no BNDES: Lula promove 'revival' da era Dilma?
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou Aloizio Mercadante para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e o mercado não reagiu bem à escolha. O petista foi um dos homens fortes do governo de Dilma Rousseff (PT), que foi marcado por atitudes consideradas irresponsáveis do ponto de vista fiscal.
Mas, para assumir o cargo, Mercadante não poderia ter trabalhado na campanha de Lula, já que a lei das estatais exige uma quarentena de 36 meses para assumir qualquer posto nas estatais brasileiras. No entanto, a Câmara dos Deputados, de forma meteórica, aprovou uma mudança na regra, que passou para 30 dias. O texto segue para o Senado.
Em nota, a assessoria do futuro presidente do BNDES negou que o caso dele se enquadraria na atual lei das estatais. “Mercadante não exerceu qualquer função remunerada na campanha vitoriosa do Presidente Lula, não tendo sido vinculado a qualquer atividade de organização, estruturação ou realização da campanha”, afirma.
Nos governos petistas, a instituição foi muito utilizada para direcionar crédito com juros abaixo do mercado, por meio do forte endividamento do governo. Essa medida provocava distorções no mercado de crédito, pois enquanto o Banco Central tentava controlar a inflação subindo os juros, o BNDES continuava fornecendo crédito com juro baixo, estimulando o consumo na ponta final.
Afinal, o caráter intervencionista de Mercadante pode prejudicar o BNDES? Podemos caminhar para o que aconteceu no governo Dilma? No ‘Estadão Notícias’ de hoje, vamos conversar com o economista e ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega.
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Apresentação: Emanuel Bomfim
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Gabriela Forte
Sonorização/Montagem: Moacir Biasi.
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