Na última quinta-feira (29), depois de seguidos atrasos, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva terminou de montar sua nova equipe. Foram anunciados os 16 ministros que faltavam de um total de 37 pastas. Na nova leva, mais mulheres, a primeira ministra indígena da história do Brasil e nomes das siglas que podem compor a futura base de Lula no Congresso Nacional. Neste episódio, Natuza Nery conversa com a jornalista Vera Magalhães -- colunista do jornal O Globo, comentarista da rádio CBN e apresentadora do programa Roda Viva, da TV Cultura -- sobre quem saiu vitorioso e quem saiu perdendo neste processo e quais os sinais emitidos pela formação do governo Lula 3: - Segundo Vera, "pode ser um governo amplo, um governo diverso, mas é um governo em que o core é petista, tanto na área econômica, quanto na área política"; - Ao analisar os ganhos em termos de diversidade, a jornalista destaca o fato de termos, pela primeira, uma mulher no comando da Saúde: "que é dos dois grandes ministérios em termos de orçamento e de política na ponta. Isso é algo histórico e que tem o potencial de ser muito bom para a valorização das mulheres"; - Sobre o papel dos partidos do que Vera classifica como "novo centrão" na governabilidade futura, ela diz que é uma história ainda "está para escrita", já que algumas das siglas do "centrão velho" ficaram muito "compradas em ações do Bolsonaro e do orçamento secreto, duas coisas que estão de saída", como o Republicanos e o PP -- que Arthur Lira tentará "levar mais para perto do governo". - Vera também aborda as aparentes dissonâncias entre o ministro da Defesa, José Mucio, e da Justiça, Flávio Dino, em relação ao desmantelamento do acampamento bolsonarista na frente do QG do Exército. Os manifestantes pedem intervenção militar, o que é vedado pela Constituição. "Tende a ser tomada uma providência para desocupar realmente os quartéis. E não pode ficar só nas costas do Alexandre de Moraes".
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