Desde o início de novembro, os jornalistas Pedro Borges, Anna Reis e Afonso Ferreira se mantiveram infiltrados dentro do grupo de bolsonaristas que ocupou a frente do quartel general do Exército em Brasília. Neste período, eles circularam pela robusta estrutura de barracas, banheiros químicos e áreas de alimentação cujo financiamento ainda é desconhecido. E observaram o recrudescimento do discurso golpista e o aumento da radicalização violenta até os atos terroristas de domingo. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Anna e Afonso, que relatam tudo o viveram nos últimos dois meses: - Afonso descreve um “ambiente hostil” no qual os golpistas circulavam com pedaços de pau nas mãos atrás de eventuais “esquerdistas infiltrados” no movimento; (2:25) - Anna dá detalhes da estrutura do acampamento, da rotina das refeições e dos métodos de arrecadação de recursos realizada entre os radicais - “a conta não bate para uma estrutura tão grande”; (5:25) - Os jornalistas contam sobre a escalada na radicalização golpista. Afonso recorda a conversa que ouviu entre radicais dispostos “a matar e a morrer” e Anna fala sobre o “orgulho” daqueles que voltaram lesionados dos atos de domingo; (15:20) - Eles relatam também o processo de desmonte do acampamento e como os terroristas já começam a articular novos movimentos – e já falam em “tacar fogo” nos prédios dos Poderes. (27:45)
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