Repressão estatal e mortes: o agravamento da crise no Peru
As manifestações que ocorrem no Peru, desde a prisão do ex-presidente Pedro Castillo, estão cada vez mais violentas. Desde dezembro, os confrontos entre os grupos e as forças de segurança deixaram mais de 50 mortos. Além da renúncia da atual presidente, Dina Boluarte, os manifestantes querem o fechamento do Congresso, uma nova Constituição e a libertação de Castillo.
Os manifestantes bloquearam rodovias, incendiaram prédios e invadiram aeroportos. O sul do Peru, onde se concentram várias manifestações, abriga destinos turísticos economicamente e culturalmente importantes, como Cusco e Puno. Até por isso, o governo peruano fechou a entrada a Machu Picchu por tempo indeterminado.
Grupos de direitos humanos acusam as autoridades de usar armas de fogo contra os manifestantes e de usar helicópteros para jogar bombas de fumaça. Em 10 de janeiro, a Procuradoria do Peru afirmou que começou a investigar Boluarte e pessoas do governo dela por “genocídio, homicídio qualificado e ferimentos sérios” relacionados à reação aos protestos.
Afinal, qual será o futuro político do Peru diante dessas manifestações? O Brasil pode cumprir algum papel nesse momento de crise aguda? No ‘Estadão Notícias’ de hoje, ouvimos o depoimento da peruana Jhomelin Bordais, doutoranda em Políticas Públicas, que nos atendeu diretamente de Lima, capital do país. E também conversamos sobre o assunto com Ricardo Leães, cientista político e professor de Relações Internacionais da ESPM de Porto Alegre.
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Apresentação: Emanuel Bomfim.
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Laura Capelhuchnik.
Sonorização/Montagem: Moacir Biasi.
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