A operação liderada pelo governo federal para acabar com a atividade criminosa dentro da terra indígena já expulsou do território milhares de garimpeiros e apreendeu parte do maquinário necessário para a extração mineral. Mas esta é só a ponta de um esquema que envolve financiamento para o garimpo, lavagem de ouro ilegal e envolvimento de crime organizado de tráfico de drogas e mercado internacional de joias. Para entender a logística por trás da atividade garimpeira, Natuza Nery conversa com Ana Magalhães, coordenadora de jornalismo da Repórter Brasil que há anos investiga o tema. Neste episódio: - Ana relata as investigações feitas pela sua equipe e pelos agentes da Polícia Federal, e como chegou à conclusão de que “quem mais lucra com o crime são empresas de faturamento milionário”; - Ela detalha os caminhos da lavagem do ouro da Terra Yanomami: vai a Boa Vista, é vendido ilegalmente na “rua do ouro” e depois revendido para as empresas intermediárias, onde é produzida uma nota fiscal fraudada. Por fim, já regularizado, é exportado para o mundo inteiro; - A jornalista ainda critica a falta de fiscalização para as DVTMs (empresas que têm autorização do Estado para comercializar o ouro): “Em tese, quem deve fiscalizar é o Banco Central, mas seu trabalho é muito frágil”.
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