Nos últimos 8 dias, a Força Aérea americana abateu 4 objetos voadores entre a costa leste da Carolina do Sul e o Alasca, do outro lado do continente norte-americano. Criou-se um mistério tal que o governo envolveu o departamento de Defesa, o FBI e a Nasa para encontrar uma resposta – o porta-voz presidencial teve até que vir a público para negar a hipótese de uma invasão alienígena. Pelo contrário, a suspeita da Casa Branca é que seja uma atividade bastante humana: espionagem. O primeiro objeto, um balão, seria um artefato de espionagem enviado pelo governo chinês; Pequim nega. Para explicar a lógica da espionagem internacional e os impactos do atual incidente, Natuza Nery recebe Gunther Rudzit, professor de relações internacional da ESPM, e Thiago de Aração, diretor da Arko Advice e pesquisador do Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos de Washington. Neste episódio: - Gunther justifica por que os Estados Unidos são, de fato, “a grande potência” do planeta: seu sistema de inteligência tem mais 300 satélites de uso militar em órbita; - Ele também analisa a “paranoia americana” herdada dos anos de Guerra Fria: “são temores antigos do subconsciente coletivo que estão voltando”, afirma, mas, agora, em relação à China; - Thiago diz que episódios como este podem ter acontecido “muitas vezes”, mas que, agora, diante do conhecimento público, exige de Joe Biden e Xi Jinping uma “narrativa diferente e mais agressiva”; - Ele especula sobre os avanços do nacionalismo chinês: caso a economia derrape, aumentam as possibilidades de uma ofensiva sobre Taiwan.
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