Tudo sobre trafulhice (alegada trafulhice), hélas!
“Hélas! O que já está, já está.” Foi com esta exclamação que Manuel Pinho confessou ter cometido o crime de fraude fiscal. Toda a gente o fazia, desculpa-se o antigo ministro de Sócrates. Ao ex-primeiro ministro é que ninguém arranca confissões. Tudo o que se investigue sobre ele é, para ele, uma devassa da vida privada. Mesmo a curiosa bandeirada das contratações suspeitas. A mais recente, já posterior à Operação Marquês. Serviços que não se conhecem pagos ao mesmo preço de outra contratação duvidosa anterior: 12500 euros mensais. E como o trunfo esta semana é trafulhice (sejamos rigorosos: alegada trafulhice) há também o espantoso caso do clube que era (alegadamente) roubado pelos próprios dirigentes. Para onde ia o dinheiro é coisa que se há-de apurar. Mas ver um actual dirigente do Benfica continuar em funções mesmo depois de suspeitas sobre um passado recente muito pouco glorioso, talvez torne pertinente a pergunta: o que saberá do que se passava sobre o que já está, já está? Hélas?
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