Imagens inéditas reveladas nesta quarta-feira (19) mostram que o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o militar da reserva Gonçalves Dias, estava no Palácio do Planalto durante a invasão golpista da sede dos Três Poderes em 8 de janeiro. A divulgação do vídeo desencadeou uma crise no governo, que culminou no pedido de demissão de G. Dias – substituído interinamente por Ricardo Capelli – e na adesão da bancada governista à abertura de uma CPI sobre os atos golpistas. Para analisar os efeitos da primeira queda de um ministro na gestão Lula 3, Julia Duailibi conversa com Guilherme Balza, repórter da GloboNews em Brasília, e com Bernardo Mello Franco, colunista do jornal O Globo e comentarista da rádio CBN. Neste epsódio: - Balza revela a repercussão das imagens nos bastidores do governo. Ele informa que Lula ficou “bastante decepcionado” e convocou duas reuniões - a primeira com ministros de confiança do presidente; na sequência, houve o pedido de demissão do ministro militar do GSI; - Bernardo fala sobre a antiga relação de Lula com Gonçalves Dias, que participou dos mandatos 1 e 2 do petista, quando recebeu o apelido de “sombra” de Lula, e que Dias foi indicação “da cota pessoal” do presidente para o ministério; - Ele explica o que está por trás do desejo da oposição em criar a CPI de 8 de janeiro: “desviar o verdadeiro foco das pessoas presas, do financiamento e das investigações”, que está com a PF. Bernardo avalia também o “erro” do governo em menosprezar o risco desta comissão parlamentar se concretizar e, agora, em como os bolsonaristas “devem usar as imagens” de G. Dias; - O jornalista comenta a relação conflituosa da esquerda com as Forças Armadas - tensão acentuada depois dos 4 anos de governo Bolsonaro. Para ele, “consolidar a democracia” e “barrar o movimento golpista com participação militar” são os principais desafios da atual gestão.
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