O Haiti foi uma colônia francesa do século 17 ao 19, responsável por ⅔ de todo o comércio da França.
Nesse período, a colônia de São Domingos (nome antigo do Haiti) foi a colônia mais lucrativa da América e o maior mercado de venda e compra de escravizados do mundo.
São Domingos era o orgulho da França e a inveja das outras nações imperialistas.
Os produtos feitos com matéria prima haitianas eram vendidos na Europa em forma de conhaque, vinho e perfumes.
Isso fomentou a indústria de cidades francesas como Lyon, Marselha e Bordeaux.
Em 1789, o Haiti era um dos maiores portos da América, recebendo por dia uma média de 1.587 navios, número superior ao de Marselha, na França.
Diariamente, isso empregava mais de 24 mil marinheiros e mais de 750 grandes embarcações francesas
Em 1789, os mercadores da cidade francesa de Nantes, sozinhos, tinham 50 milhões de toneladas de produtos investidos no Caribe.
De cada 25 franceses, um era empregado devido à colonização do Haiti.
Toda essa lucratividade vinha do trabalho de meio milhão de escravizados, dos quais ⅔ eram africanos.
Os brancos eram só 32 mil que comandavam mais de 500 mil escravizados de toda ilha.
Cerca de 85% da população da ilha era composta de escravizados.
Em agosto de 1791, 2 anos após o início da Revolução Francesa, os escravizados no Haiti se revoltaram em uma luta de independência, uma revolução, que durou 12 anos.
A Revolução Haitiana é considerada a rebelião escravista mais bem sucedida da história, mas o conflito tomou rumos inesperados para todos os lados envolvidos.
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