Pela primeira vez desde que a estatal anunciou sua nova política de preços, a estatal anunciou reajuste para cima. A partir desta quarta-feira (16), o litro da gasolina sobe R$ 0,41 e do diesel, R$ 0,78. Havia pressão sobre a direção da empresa para reduzir a defasagem entre o valor que chega às bombas e o preço do barril de petróleo, que está em alta. Para explicar as causas e os efeitos do reajuste, Natuza Nery entrevista o economista especializado em petróleo Breno Roos, professor da UFRN. Neste episódio: - Breno conclui que a estratégia atual de preços da estatal tem “alterações menos frequentes” em relação ao período da PPI. “A estratégia comercial é de flexibilizar mais seus preços, mas sem deixar a referência do preço internacional”, afirma; - Ele afirma que “não acredita” no risco de desabastecimento com a manutenção da atual política de preços: “O mercado é aberto, e fornece os sinais de preço para que a operação aconteça de maneira lucrativa”; - O economista pondera que a estratégia atual tem regras “um pouco vagas”, mas que observa os seguintes aspectos: segurança do abastecimento, lucratividade e preços que considere justos. “Não é política pública, mas com preços compatíveis ao custo de produção em território nacional”; - Breno compara as políticas de preço empregadas durante os mandatos presidenciais de Dilma Rousseff, Michel Temer e, agora de Lula. Para ele, em 2014, “o governo errou na mão”; e depois houve uma “mudança radical para reajustes diários”. “Agora, caminhamos para um meio termo disso”, conclui.
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