Podcast Marketing por Idiotas - RFM
Business:Management & Marketing
51% das pessoas odeiam publicidade, quotas na publicidade e sussurros do Spotify – e138s01
Ultimamente tenho andado a estudar imenso a ideia de conteúdo personalizado, escrito e adaptado em tempo real para o visitante.
Acredito mesmo que assim que o GPT se tornar rapido suficiente duas pessoas nunca verão a mesma página com o mesmo conteúdo…nem sequer vão ver 2 páginas de seguida exactamente da mesma forma.
Como tenho andado a pesquisar sobre estes temas deparei-me com um artigo interessante que fala de um estudo e que tem como principal resultado uma estatística impressionante:
Mais da metade (51%) dos consumidores do Reino Unido afirmam que o conteúdo direcionado que recebem online é frequentemente “entediante” ou “pouco útil”.
Como é possível em 2023 isto acontecer?
Bem acontece essencialmente, na minha humilde opinião, porque:
Agora o que acho mesmo interessante:
Então parem de se queixar constantemente com a privacidade…a privacidade faz com que os algoritmos não consigam entregar o que querem!!!
Algumas estatísticas que apoiam os motivos pelos quais acho que toda a
Estamos a entrar na era da inteligência artificial. Tudo vai ter de mudar.
A questão para os ilustres:
– Qual acham a principal razão para que as pessoas não gostem dos conteúdos que recebem?
Diogo
E se tivéssemos de parar com toda a publicidade de consumo? Esta é a questão que vos trago hoje e que gostava de debater convosco, aqui e no nosso grupo de Whatsapp. Porque quero saber o que nós como marketers poderíamos fazer se a publicidade fosse proibida…
Pois é, esta semana venho vos trazer mais um tema controverso relacionado com a nossa profissão. Como sabem tenho me debatido imenso com esta questão da transparência no marketing e quão ético poderá ser. E hoje, trago-vos mais um tema. Esta manhã terminei mais um livro com o nome “Less is more: how degrowth will save the world”, fica o link para a Wook em marketing por idiotas.pt. Dou já o spoiler, de que se não são a favor da sustentabilidade, são super capitalistas e acreditam que a terra é plana, não vão gostar do livro.
Enfim mas o título do livro é bastante explicativo e fala numa das formas que podemos promover o degrowth, ou decrescimento da nossa economia para conseguirmos atingir um mundo sustentável. E claro um dos responsáveis do consumo de hoje em dia é sem dúvida a publicidade, segundo o livro. One o autor escreve que uma das soluções passa por (e agora o Fred passa a citar a tradução portuguesa pelo Bing Chat):
Existem muitas maneiras de reduzir o poder da publicidade. Podemos introduzir cotas para reduzir o total de gastos com publicidade. Podemos legislar contra o uso de técnicas psicologicamente manipuladoras. E podemos libertar espaços públicos de anúncios – tanto offline quanto online – onde as pessoas não têm escolha sobre o que veem. São Paulo, uma cidade de 20 milhões de pessoas, já fez isso em partes-chave da cidade. Paris também tem feito movimentos nessa direção, reduzindo anúncios externos e até mesmo proibindo-os completamente nas proximidades das escolas. Os resultados? Pessoas mais felizes: pessoas que se sentem mais seguras consigo mesmas e mais satisfeitas com as suas vidas. Cortar anúncios tem um impacto positivo direto no bem-estar das pessoas ( segundo um estudo).
Obrigado Fred…
E sim, isto fez-me pensar.
Acho que a publicidade no seu todo nunca irá ser proibida mas penso que será mais regulada no futuro. Contudo, ficou-me esta questão: E se as empresas tivessem quotas de publicidade máximas anuais? Como poderia esse futuro ser para o mundo dos marketers?
Só de adicionar, que sim, existe um estudo que indica que a publicidade pode afetar a nossa percepção de felicidade baixando-a em 3% e o link mais uma vez fica em marketing por idiotas .pt
Advertising Makes Us Unhappy (hbr.org)
Fred
Vamos fazer um exercício ao vivo neste podcast.
Inspirem profundamente e imaginem o som da chuva a cair, o canto dos pássaros tropicais ou o murmúrio suave do ruído branco.
Estes são os sons que milhões de pessoas em todo o mundo, procuram no Spotify todos os dias, para relaxar, meditar ou adormecer.
Mas, o que parece uma simples procura por tranquilidade, desencadeou um dilema financeiro para o gigante do streaming.
A Spotify, o gigante dos streamings de áudio, está a viver uma espécie de crise existencial.
Porquê?
Porque enquanto milhões de horas são dedicadas diariamente a ouvir estes sons relaxantes, a empresa enfrenta um dilema.
Os Podcasts de “white noise” ou ruído branco acumulam cerca de 3 milhões de horas de escuta no Spotify, diariamente.
Estes podcasts com sons de ambiente, no, representam um obstáculo à monetização da plataforma.
No Youtube, por exemplo, eu fico fascinado, boquiaberto para dizer a verdade com os milhões de visualizações acumuladas em motion graphics em loop, as músicas infantis.
Fui investigar nos diferentes tivemos de conteúdos que não requerem “criação” original mas reprodução ou compilação, há as:
– Compilações de Músicas: Estas são coleções de músicas de vários artistas ou gêneros, agrupadas num único vídeo ou faixa. Por exemplo, “Melhores músicas dos anos 80” ou “Top hits de verão”.
– Compilações de Vídeos Virais: Canais que agregam e compilam vídeos virais ou falhas (fails) de outras fontes e os apresentam numa única compilação.
– Citações: Canais que compilam citações de pessoas famosas.
Eis o drama: Em 2019, o Spotify adquire a Anchor, uma aplicação de criação de podcasts, visando um crescimento centrado em conversas e debates.
O algoritmo do Spotify, inadvertidamente, promoveu os sons do “ruído branco”, levando a que os seus criadores amealhassem milhares, chegando a um incrível montante de $18,000 por mês, simplesmente por reproduzir em loop o suave som da chuva ou o chilrear de pássaros.
E o problema são as semelhanças com o mundo da música: O dilema que o Spotify enfrenta com os sons de ruído branco é um pouco análogo às preocupações da indústria musical. Os directores das principais editoras de música manifestaram a sua preocupação com o facto de as canções com ruído serem pagas com os mesmos direitos que os artistas tradicionais.
Então, o que fez o Spotify? Ponderaram banir estes sons relaxantes, com o objetivo de direcionar os seus utilizadores para conteúdos mais lucrativos.
Segundo algumas fontes, esta medida poderia aumentar os lucros da empresa em quase 40 milhões de dólares!
Mas essa proposta ficou em stand-by.
A grande ironia disto tudo é que, apesar deste cenário, o Spotify bateu o recorde de utilizadores ativos mensais, alcançando os 551 milhões, MAS não está a traduzir-se em receitas.
Parece que os sons relaxantes continuam a ser a pedra no sapato do gigante de streaming.
Será que, num mundo em constante movimento e barulho, a serenidade tem um preço? Para o Spotify, essa questão é mais do que retórica, é um desafio comercial real.
Pergunta 1:
– Tendo em conta a popularidade de conteúdos como white noise, sons da natureza e músicas infantis no Spotify e no YouTube, consideram que estes reprodutores (e não necessariamente os criadores originais) estão a prestar um serviço valioso ou estão simplesmente a explorar as falhas nos sistemas de monetização destas plataformas?
Pergunta 2:
– Se o Spotify ou o YouTube decidissem limitar ou desmonetizar este tipo de conteúdo reproduzido (como white noise ou fundos em loop), procuraria outras plataformas para aceder a estes materiais, ou apoiaria a decisão em prol de mais conteúdo original?
Sobre o Podcast Marketing por IdiotasO podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico.
O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.
O conteúdo 51% das pessoas odeiam publicidade, quotas na publicidade e sussurros do Spotify – e138s01 aparece primeiro em Podcast Marketing por Idiotas.
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