Podcast Marketing por Idiotas - RFM
Business:Management & Marketing
Burlas e Burlões Online, a LEGO e Manifestações pelo ambiente – e149s01
Nos próximos minutos vão ouvir:
Burlas online: O que podemos aprender com burlões?
Esta semana venho falar de burlas…mais propriamente de uma notícia que vi no site pplware.
Como estou só cá eu e o Diogo em directo, e como todos vocês já sabem, o Diogo tem um passado super obscuro de burlas, scams…até posso dizer aqui em directo que foi o Diogo que há coisa de 15 anos quando estavamos num evento de startup apresentou-me o conceito de “Dispute” do paypal, para receber dinheiros de volta…mas pronto…aparentemente o diogo sente-se burlado pela google! Ladrão que rouba a ladrão…
Hoje venho falar de burlas online e deste headline bombástico:
Jovens têm mais chance de serem burlados online do que os mais velhos!
Nunca pensei que assim fosse… mas segundo um estudo da delloite é.
Também sou daqueles que acreditava que uma pessoa que nasceu no digital há partida conseguiria perceber melhor o que é um esquema ou não.
Mas agora que penso melhor nisso…realmente nós os velhos somos um geração incrível!
Nós sentimos o amor do virus I LOVE YOU a infectar milhões de emails no mundo inteiro.
Sentimos o verão das fotos quentes da tenista kornikova, quando as fotos ainda faziam palpitar corações.
No inicio dos telemóveis, quando todos ainda tinhamos uma enorme vontade de ter toques especiais que diziam ao mundo “Somos originais”, subscreviamos serviços por SMS e nem as operadoras sabiam muito bem como é que os podiamos cancelar.
Somos a geração solidária que apoiou o principe da nigéria, que coitado, estava a tentar urgentemente transferir fundos para a Europa.
Os nossos pais tiveram a possibilidade de trocar notas de escudos pelas novas notas de Euros, à porta de casa, antes sequer de elas estarem disponíveis no mercado.
Antes disso os nossos avós foram convidados para ir a uma loja receber um prémio num concurso em que não se lembravam de ter participado e acabavam com um colchão ortopédico em casa pago com suaves prestações.
No amor somos a geração que quando pedia a foto no mIRC apanhava uma foto toda pixelizada e tentava aplicar um filtro de inteligência artificial para imaginar a realidade.
Bem vocês percebem a ideia…passámos por muito!
Aparentemente esta geração Z tem 3 vezes mais hipóteses de cair numa burla de phishing, catfish, e cyberbullying do que nós…e atenção: têm 2 vezes mais probabilidades de verem as suas contas nas redes sociais hackadas.
Apesar de nós termos sido a geração que inventou a password: password, ou password1 ou password_
Enfim, o estudo diz que as pessoas com mais de 55 anos foram as menos propensas em caír em fraudes…se não tiverem a certeza não clicam.
A verdade é que os burlões estão cada vez mais sofisticados e são especialistas de user experience.
Por exemplo tenho um cliente na área do crédito que me mostrou um site onde alguns clientes dele cairam numa esparrela de crédito consolidado para pagamento de dívidas etc.
Quando vi o site fiquei impressionado. Excelente design, simples mas eficaz. Retirei imensas ideias de copywriting…o que me levou a pensar:
“Mas como é que contrato quem fez esta campanha?”
A landing page era excelente, mesmo.
Eu digo sempre: Uma mente confusa não compra.
E na realidade estas páginas de burla fazem uma coisa na perfeição: São simples e conseguem converter visitantes em vendas.
Enfim…as burlas online quando são bem feitas são inovadoras e são exemplos perfeitos do marketing digital aplicado na prática e com simplicidade…até porque uma mente confusa nunca compra.
Diogo…como estamos cá só nós os dois…e isto é um ambiente seguro faço-te as seguintes perguntas:
Ø Tinhas ideia que a geração mais nova caia em mais burlas online?
Ø Achas que inteligência artificial vai criar novas e melhores burlas?
Ø O que podem os marketeers aprender com os burlões?
https://pplware.sapo.pt/internet/estudo-afirma-jovens-tem-mais-chance-de-serem-burlados-online-do-que-os-mais-velhos/https://www2.deloitte.com/us/en/insights/industry/telecommunications/connectivity-mobile-trends-survey.html
DiogoEsta semana eu começo por admitir que eu fui enganado, meus amigos… na verdade fui enganado durante anos… e sinto-me… sinto-me traído… Sinto-me traído pela Google e penso que vocês também se sentirão… Tudo porque cada vez mais estamos a ter acesso ao lado negro da Google.
Então, em Setembro a Google entrou em tribunal por alegadas práticas anti concorrência . O Departamento de Justiça dos EUA (o chamado DOJ) está a acusar a Google de pagar somas enormes a empresas como a Apple para tornar o seu motor de pesquisa padrão nos seus produtos, dando-lhe uma vantagem injusta sobre os concorrentes.
Até ao momento, por causa deste processo já vimos provas e testemunhos sobre o alegado comportamento monopolista da Google, como mensagens de chat, e-mails e memorandos de executivos e funcionários da Google. O julgamento inclui também testemunhos de figuras-chave como o CEO da Google Sundar Pichai, o executivo da Apple Eddy Cue, o fundador do DuckDuckGo Gabriel Weinberg e ex-funcionários da Google.
O caso está a ter um impacto bastante grande na indústria e eis alguns factos que agora sabemos devido a este caso:
Portanto sim, agora adiciono eu, se ainda tinham dúvidas que as recomendações da Google para irmos “all in” na automatização e melhorias pode IA são feitas para Google ganhar mais dinheiro!
Enfim, muito virá sendo que o julgamento durará por mais 5 semanas ou até Novembro.
Se o DOJ ganhar o caso, o tribunal poderá ordenar a empresa a parar as suas alegadas práticas desleais ou até mesmo dividir a empresa. Isto poderia afetar a dominância da Google no mercado de pesquisa e abrir oportunidades para os concorrentes. O caso é considerado um dos maiores desafios à indústria tecnológica desde o julgamento antitruste da Microsoft em 1998
E a minha questão para ti Miguel é pensas que isto vai influenciar as pessoas/agências a investir menos na Google? Ou pelo menos a estarem mais cautelosas?
Google search antitrust trial updates: Everything we know (so far) (searchengineland.com)
Google Tweaks Ad Auctions to Hit Revenue Targets, Exec Says (yahoo.com)
Fred
Hoje, vou entrelaçar duas histórias: a da LEGO e a dos manifestantes ambientais em Portugal. Ambas levam-me a refletir nos atuais e futuros desafios ambientais e sociais que enfrentamos.
– Os nossos ideais de sustentabilidade correspondem mesmo à realidade e à ética ambiental?
– Ou estamos a cair na armadilha de uma narrativa “verde” que, na verdade, é enganosa?
Contexto:
Em 2003 a LEGO esteve à beira do abismo financeiro, mas reinventou-se.
Em 2019 a LEGO anunciou uma reinvenção sustentável, anunciada como um movimento ambicioso: os seus primeiros blocos feitos de plástico reciclado.
Seriam feitos de plástico reciclado, retirados diretamente de garrafas de bebidas Um grande passo para a sustentabilidade… ou assim pensávamos.
Mas, quatro anos depois, qual não foi a surpresa geral quando os alicerces desta alternativa ecológica começaram a desmoronar-se?
As razões: o plástico reciclado era simultaneamente mais poluente na sua produção e menos resistente.
Duas perguntas sobre os desafios da sustentabilidade:
– O que levou a LEGO, conhecida pela qualidade dos seus produtos, a não prever os problemas com o plástico reciclado em termos de poluição e resistência?
– Quais foram as consequências da LEGO quando as questões relacionadas com a resistência e poluição do plástico reciclado vieram à tona?
A LEGO, nos últimos anos, mostrou ser uma máquina de marketing e criação de receita incrivelmente bem-sucedida, com uma margem de lucro que chega a ser invejável mesmo quando comparada a gigantes do segmento de luxo como a LVMH.
Isso foi, em grande parte, facilitado por estratégias inteligentes e diversificadas, como entrar no mundo do entretenimento – lançando filmes de sucesso, videojogos e muito mais. Há uma série engraçada na Netflix chamada Toys that made us que conta este mundo.
Simultaneamente, na rotunda de Lisboa, os manifestantes fazem um apelo à consciencialização ambiental, não com blocos coloridos, mas com corpos e vozes que segundo li à pouco, interromperam a circulação rodoviária em frente à Galp. Uma luta diferente, mas que, como a LEGO, questiona o que significa verdadeiramente ser sustentável e ético num mundo a abarrotar de contradições e desafios.
No espaço entre estes dois episódios, surgem interrogações inquietantes:
– A história da LEGO poderia ter sido diferente se tivesse previsto as rachaduras nos seus blocos verdes?
– Poderiam os manifestantes encontrar um meio-termo que consciencialize sem alienar património publico?
– Até que ponto os seus métodos são sustentáveis e eficazes na mudança de comportamento corporativo e práticas governamentais?
– A LEGO, com toda a sua riqueza e influência, realmente promove a sustentabilidade de uma forma significativa e transparente, ou estamos, enquanto sociedade, a ser distraídos por uma visão de greenwashing, onde as boas intenções ecológicas são ofuscadas por outras considerações práticas e financeiras?
Ambos os cenários conduzem-nos a uma reflexão mais profunda sobre a complexidade da gestão, marketing e sustentabilidade num mundo cada vez mais voltado para os impactos das alterações climáticas e a necessidade de práticas empresariais mais éticas e ecológicas.
Da mesma forma que a LEGO procura o equilíbrio entre lucratividade e práticas sustentáveis, nós, enquanto sociedade, precisamos encontrar o equilíbrio entre o ativismo que chama a atenção para as causas importantes e um diálogo que promove uma mudança real e sustentável.
Hoje não tenho uma pergunta final, mas um conjunto para o painel deste podcast e os nossos ouvintes refletirem.
Acho que a construção, assim como a reflexão, nunca termina.
P.S – Se quiserem mergulhar um pouco mais neste universo, Braga terá a maior exposição ibérica de construções LEGO, já no próximo dia 5 de outubro, no Altice Fórum Braga. Quem sabe, talvez por entre as construções de plástico, encontremos também alguns tijolos da solução para um futuro mais sustentável.
Sobre o Podcast Marketing por Idiotas
O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico.
O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.
O conteúdo Burlas e Burlões Online, a LEGO e Manifestações pelo ambiente – e149s01 aparece primeiro em Podcast Marketing por Idiotas.
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