A explosão de cursos EAD e a falta de regulação do MEC
Dados divulgados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) no último dia 10, do Censo do Ensino Superior de 2022, mostram que 72% dos alunos que foram aprovados no ensino superior privado optaram por estudar a distância. Nas licenciaturas (cursos de formação de professor), o índice foi ainda maior: 93,2%. Isso se reflete na oferta de cursos nesta modalidade: um aumento de 700% nos últimos dez anos, segundo as estatísticas, saindo de 1.148 em 2012 para 9.186 no ano passado.
O ministro da Educação, Camilo Santana, prometeu agir para mudar este cenário. "Estamos preocupados com esse aumento, é um processo que a pandemia trouxe, mas que acende um sinal vermelho para nós. É papel do MEC regular essa oferta de vagas e vamos fazer isso", disse o ministro.
A formação de professores concentrada majoritariamente em licenciaturas a distância também acendeu o alerta no MEC. “Precisamos com urgência rever a regulação desses cursos, porque são esses professores que estão chegando às escolas", disse o ministro.
A pasta chegou a abrir uma consulta pública para debater a intenção de autorizar as graduações em Direito, Enfermagem, Odontologia e Psicologia na modalidade a distância, mas depois suspendeu a portaria. Camilo também anunciou que foi suspensa a autorização de cursos a distância de Farmácia.
Afinal, por que o EAD se tornou a modalidade dominante no ensino superior? Quais são os impactos para a educação? O MEC deixa de cumprir seu papel regulatório? No ‘Estadão Notícias’ de hoje, vamos conversar sobre o assunto com Priscila Cruz, presidente executiva do Todos pela Educação.
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Apresentação: Emanuel Bomfim
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Laís Gottardo
Sonorização/Montagem: Moacir Biasi
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