Podcast Marketing por Idiotas - RFM
Business:Management & Marketing
Eventos, Temu e a reputação das marcas com o caso Paddy Cosgrave – e155s01
Hoje estamos no rescaldo do evento da Unicre e Mastercard… e não sei quanto a vocês mas pelo menos eu voltei super energizado.
Antes de ir ao conteúdo queria deixar uma palavra de agradecimento em nome de toda a equipa do podcast marketing por idiotas à Unicre, Mastercard e Blend.
Foi espetacular termos sido convidados a participar neste evento…para ouvirmos inovações e para falarmos sobre marketing digital, inteligência artificial, ecommerce e pagamentos.
Especial abraço ao Luís Gama, o CMO da Unicre e ao Fernando Carvalho Administrador…que são nossos ouvintes e fizeram com que fosse possível a nossa presença.
E claro…à Clara da agência BLEND que organizou o evento com excelentes comes e bebes e ao resto da equipa da unicre e mastercard.
No evento falou-se sobre novas formas de pagamento, o que empresas como a mastercard e a unicre estão a fazer para fazer com que pagar seja mais simples, fácil e a parte com menos resistência ou fricção do processo de comprarmos alguma coisa.
Estiveram lá também parceiros da unicre e empresas que estão a desenvolver diferentes soluções tecnológicas nas áreas da saúde, seguros, hotelaria e outros sectores onde uma experiência de pagamentos simples é essencial para o sucesso.
Mas pronto não vou estar aqui a fazer uma descrição do evento…
Venho mais falar sobre aquilo que faz um evento ser super interessante (para mim).
Quando era mais novo eu gostava de eventos onde aprendia muitas coisas novas…e uma das formas que eu tinha de avaliar um evento era: “Aprendi muita coisa nova ou não? Eles explicaram as coisas?”
Hoje em dia acredito que os melhores eventos são os eventos onde acontece algum tipo de transformação em mim:
Se forem a ver este tipo de transformação é aquilo que na realidade os grandes speakers de eventos fazem…eles não vêm propriamente ensinar.
Ensinar fica reservado para momentos de formação.
Nestes eventos eles vêm transformar-nos.
Uma vez vi um documentário sobre o tony robins e porque motivo ele se tornou um dos maiores coaches a nível mundial…ele não ensina nos eventos…ele cria eventos onde as pessoas ficam com vontade de mudar para melhor.
Também já ouvi alguns gurus dizerem que a melhor forma de comunicarmos valor nas redes sociais não é propriamente com “how-tos”, mas com conteúdos que promovam uma transformação nas pessoas e as levem a querer fazer algo com a nossa marca.
Neste evento a que fomos eu digo que voltei energizado porque ao ver aquilo que algumas startups de tecnologia estavam a fazer fizeram-me ter mais vontade de pegar nalguns projectos que tenho na prateleira.
Também saí de lá com uma sensação de que Portugal podia entrar numa nova era de descobrimentos…porque realmente temos aqui tudo o que precisamos para a inovação.
Pelo que o fred me disse á pouco a unicre tem um programa de startups…
Quanto aos meus ilustres:
Diogo
Esta semana temu que vá falar de um assunto que tem estado na cabeça de todos nós. Temu que tenha estado não só na cabeça de todos nós como temu também que esteja nas nossas televisões, smartphones e computadores. Enfim Já chega de trocadilhos manhosos.. Do que vos quero falar esta semana é da Temu.
Para quem nunca ouviu falar da Temu,
a Temu é um marketplace online operado pela empresa chinesa PDD Holdings Inc. e sediada em Boston. A plataforma oferece produtos com descontos significativos, que são principalmente enviados diretamente da China para os consumidores. A Temu é uma concorrente da AliExpress e atraiu milhões de utilizadores no mundo inteiro com os seus preços baixos.
O que falta nesta descrição na verdade é também que investem milhões de euros em publicidade digital e influencers. Aliás estou por encontrar a pessoa que ainda não apanhou um anúncio da Temu à moda do TikTok made me buy it com vídeos viciantes de unboxing ou como aquela nova geringonça para limpar o pó do porta copos do carro.
Caso fossemos um podcast sério, deveriamos mencionar o facto da Temu estar a ser acusada nos EUA por não respeitar leis laborais na sua criação de produtos, pelas várias reclamações dos produtos serem de má qualidade, pelo impacto ambiental que a empresa semelhante à Shein está a ter no planeta e claro pela estratégia que a empresa têm de recolher todos os dados dos utilizadores como a localização da pessoa (mesmo sem isso ser necessário para uma loja de ecommerce), levando a conspirações dos preços super baixos serem uma estratégia para conseguir dados dos utilizadores para uma possível revenda ou inserção no governo chinês.
Enfim, muitas coisas que poderiamos falar aqui mas quero-me concentrar nas suas práticas de marketing e aquisição de utilizadores. Entre os fortes investimentos em publicidade que penso todos temos já visto de alguma forma, como também as práticas de oferecer produtos por utilizadores que se registem com o vosso código. E sim, ouviram bem. A Temu oferece produtos se vocês levarem um número de utilizadores a inscrever-se. E mais caso o produto chegue mais tarde do que esperado oferecem crédito na sua loja de até 15 dólares.
É fácil entrarmos em temu.com e verão que tudo é uma promoção e têm X minutos para se aproveitarem dela…
E eu penso que isto poderá ter um impacto no consumidor… E deixo a minha questão para vocÊs: Como é que as estratégias como esta da Temu estão a impactar o marketing das restantes PMEs aqui do sítio?
Fred
DRAFT: Reputação de Marca: Caso Cosgrave
Paddy Cosgrave: Um Caso de Estudo sobre Líderes e o Destino das Suas Marcas
O impacto de declarações públicas de líderes empresariais na reputação das suas empresas e da sua própria imagens é um tema relevante em tempos de redes sociais e notícias instantâneas.
A análise de casos como o de Paddy Cosgrave, co-fundador da Web Summit, oferece um exemplo prático do desafio que os gestores, e líderes enfrentam hoje.
A pergunta que fica em eco é a seguinte: a sua saída um ato de justiça ou uma reação desproporcional às suas opiniões pessoais?
[A Gota D’Água – o Tweet que Selou o Destino surgiu com um comentário controverso na rede social X, relacionado ao conflito Israel-Hamas. O resultado inevitável foi um boicote por parte de gigantes da indústria como Alphabet, Amazon e Meta. Ainda que um pedido público de desculpas tenha sido emitido, o estrago à reputação era irrecuperável. Os oradores cancelaram as participações, e outras marcas retiraram os seus patrocínios.
Cosgrave reconheceu em comunicado oficial que os seus “comentários pessoais desviaram a atenção do evento
Questão importante: é ético que empresas boicotem um evento com base nas opiniões pessoais do seu líder, sem considerar a posição oficial da organização?
Este boicote levanta um dilema: até que ponto grandes corporações têm a responsabilidade de agir como árbitros morais? E, caso tenham, quão transparentes devem ser quanto aos seus critérios?
Um pedido de desculpas é suficiente para reverter o dano ou é apenas uma estratégia de relações públicas?
O exemplo de Elon Musk e a Tesla é outro que demonstra como declarações públicas podem ter um efeito cascata. Musk tweetou sobre ter “financiamento garantido” para tornar a Tesla privada, o que resultou resultando em investigações e multas da SEC.
Em Portugal o Belmiro de Azevedo (Sonae), uma das figuras mais carismáticas e polémicas do panorama empresarial português, teve a sua quota-parte de declarações controversas. Um dos casos mais lembrados é quando afirmou que os trabalhadores portugueses eram “preguiçosos”. A declaração causou uma onda de indignação, obrigando-o a esclarecer e suavizar as suas palavras posteriormente.
O que estes casos mostram é que o líder é muitas vezes considerado um reflexo da marca. Uma falha de julgamento pode ser o suficiente para estilhaçar essa imagem, levando a ramificações graves que afetam todos os aspetos da empresa, desde as relações com investidores e parceiros até a sua posição no mercado e, em última instância, a sua sobrevivência.
Cosgrave saiu de CEO da Web Summit e agora está a ser pressionado pelos co-fundadores a vender a sua participação maioritária, o que mostra como as opiniões podem resultar em mudanças significativas na estrutura de poder dentro das empresas.
Estes casos ilustram que o líder é muitas vezes considerado um reflexo da marca. Portanto, fica a questão: será que estamos a entrar numa era em que a personalidade e as opiniões do líder empresarial têm tanto ou mais peso que as métricas de desempenho da própria empresa?
Em resumo, o mundo moderno, com a sua instantaneidade de informação e elevado escrutínio público, exige que os líderes empresariais sejam extremamente cautelosos com as suas declarações públicas.
Em resumo, o escrutínio público atual exige muita cautela dos líderes empresariais. A ética, neste contexto, não é apenas uma consideração moral, mas também uma variável crítica para o sucesso ou fracasso da empresa.
Sobre o Podcast Marketing por Idiotas
O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico.
O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.
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