O que é marketing, estratégias Black Friday e ecrãs nos jovens – e157s01

No episódio 157 falamos sobre o que é marketing, estratégias Black Friday e ecrãs nos jovens.

Episódio de: 8 de Novembro, 2023 Download do podcast Miguel

Os CEOs não percebem o marketing moderno?

Link da notícia:

https://www.marketingdive.com/news/cmo-ceo-relationship-issues-mckinsey-report/698156/

Link do estudo:

https://www.mckinsey.com/capabilities/growth-marketing-and-sales/our-insights/the-power-of-partnership-how-the-ceo-cmo-relationship-can-drive-outsize-growth

Lembro-me que há precisamente 17 anos atrás quando disse aos meus pais que estava um bocado farto do meu emprego como programador informático e que tinha congelado a matricula de engenharia informática e que no ano seguinte ia começar um curso de gestão de marketing o mundo desabou.

A minha mãe teve um desgosto e achava que eu queria trabalhar em telemarketing num callcenter.

O meu pai literalmente todos os dias perguntava-me se eu tinha a certeza do que estava a fazer e continuava a enviar-me emails com anúncios de emprego para informática.

A verdade é que naquela altura a ideia de marketing não era muito bem percebida em Portugal e o papel que tinha nas empresas também não.

Quando alguém perguntava: “O que é o marketing” as respostas nunca eram claras e era sempre confundido com publicidade, telefonemas a chatear pessoas ou algo do género.

Aparentemente hoje em dia a resposta à pergunta “O que é o marketing” ainda causa algumas confusões.

Tal como eu sentia que os meus pais não me percebiam há 17 anos atrás…os Directores de marketing hoje em dia também sentem que os CEOs não os percebem!

Este é o resultado de um inquérito feito pela McKinsey que diz que 66% dos directores de marketing afirmam que os CEO’s não percebem o marketing moderno!

Parece que existem problemas no paraíso dos C-Suites onde temos cada vez mais cadeiras com a letra “C” associadas a funções de marketing.

Ora vamos ver algumas das siglas associadas ao marketing:

Chief Marketing Officer

Chief Growth Officer

Chief Brand Officer

Chief Customer Officer

Chief Digital Marketing Officer

…e a lista continua dependendo da imaginação e recursos financeiros da organização.

É caso para começarmos a ter umas bandeiras a dizer MGBCD+ no departamento de marketing e todos os anos vamos acrescentando umas letras à medida que novas técnicas e ideias surgem no mercado.

O estudo indica que 9 em cada 10 CEO’s afirma que o papel do marketing está bem definido…

Mas fizeram um teste em que analisaram as respostas do CEO e CMO da mesma empresa para ver se estavam alinhados e os resultados foram assim:

Apenas metade das equipas têm a mesma resposta relativamente à definição do papel do marketing na organização.

Apenas 30% estão de acordo que o marketing é a “estrela do norte” para a marca e para a reputação da mesma.

Apenas 15% estavam na mesma página relativamente ao marketing digital para gerar resultados

E apenas 5% estavam alinhados relativamente ao marketing ser responsável por entregar uma experiência de utilizador “world class”.

A cereja no topo do bolo é que apenas metade das equipas estavam alinhadas quanto às principais métricas para analisar o marketing das empresas:

OS CEOs dizem: Crescimento de Facturação e Quota de Mercado

Os CMOs dizem: Brand Awareness e reconhecimento de marca.

Se estamos a olhar para indicadores diferentes como podemos estar alinhados na nossa visão?

É caso para dizer “Tu não percebes o meu hiphop…ou tu não percebes o meu marketing”

O estudo tem mais coisas interessantes e deixámos os links em marketingporidiotas.pt

Mas as perguntas para o painel de hoje:

– O papel do marketing nas empresas está bem definido em Portugal?

Diogo

Bem não há forma de ignorar estamos claramente em época de Black Friday e aqui no marketing por idiotas, neste dia tão especial não podíamos deixar de falar deste assunto que claramente chegou a todos os nossos smartphones e aos nossos emails. Só que claro, como estamos em Portugal, penso que ainda há muitos marketers que ainda não estão a comunicar as suas promos de Black Friday e pensei que podíamos trazer aqui um pouco de canivete suísso de última hora para a nossa comunidade como fazemos todos os anos.

Antes de começar gostava só de dar alguns números antes de entrar no sumo.

Em Portugal, segundo a GFK,

• a maioria dos portugueses (72%) planeia gastar em média 290 euros
• Pouco mais de metade dos consumidores portugueses (54%) planeiam fazer as compras na Black Friday
• um terço dos consumidores vai iniciar as pesquisas por ofertas um mês antes do evento
• O sector da moda é o sector onde os inquiridos mais planeam investir na black Friday
• O email é o canal por onde as pessoas mais esperam ver as promoções

Muito bem, vamos lá ao sumo. Depois de pesquisar um pouco e pedir ao ChatGPT algumas opiniões, eis o que achei interessante como possíveis estratégias de última hora e queria as vossas opiniões no final.

1. Estratégias contra-corrente como fazer um fuck friday ou um greenfriday para se destacarem.
2. Bundle friday, a ideia é em vez de entrar em descontos de 90% é fazermos budles e vendemos como mais barato o bundle.
3. Garantir o básico como o apoio ao cliente, a ideia neste ponto é termos um apoio ao cliente nesta época fora do normal para garantir ao máximo a oportunidade que as pessoas nos estão a dar ao visitar nesta época.
4. Associarem-se a uma instituição de caridade ou uma UNICEF e dar a opção das pessoas transformarem o seu desconto numa doação (e claro fazer um presse release disso)
5. Por último, publicar vídeos à lá pandemia ou diretos de social commerce todos os dias a mostrar o produto e os descontos. A ideia é entrarem organicamente com o vosso conteúdo no feed dos vossos utilizaores pela quantidade.

Caros amigos, e Miguel, que mais estratégias black Friday sugerem? Ou o que pensam destas? Há alguma coisa que implementassem?

Ecommerce deve faturar até 130 milhões com a Black Friday em Portugal – ECO (sapo.pt)

O Twitter e o Elon Musk, preparar a Black Friday e o futuro do trabalho – e93s01 | Podcast Podcast Marketing por Idiotas

Fred

Ecrãs e Juventude: Equilíbrio?

As redes digitais e os ecrãs luminosos colocam uma interrogação pertinente perante os pais: qual é o tempo adequado que os filhos, especialmente os mais novos, devem passar em frente aos ecrã, especialmente nos videojogos?

Nas casas das famílias portugueses, o entretenimento digital capta a atenção da juventude.

Dados indicam que 60% dos jovens portugueses com até 18 anos participam ativamente em jogos online, um hábito que se acentua ao longo da semana.

Os números dividem-se em 83,7% rapazes, 35,9% raparigas – um retrato de uma geração enraizada na cultura digital. E em Portugal, segundo dados do SICAD de 2021, 60% dos jovens com 18 anos jogavam online, com maior incidência durante a semana do que ao fim-de-semana.

Em Portugal, no final deste ano, prevê-se que 40% da população irá gastar parte do seu tempo de entretenimento com videojogos.

Numa pesquisa recente da Institution of Engineering and Technology (IET), foi descoberto que mais de metade das crianças entre 5 e 13 anos passam a maior parte do tempo livre em plataformas online, chegando a cerca de 23 horas semanais. Em Portugal a média são 20 horas por semana e a maioria joga durante a semana.

Os números são ainda mais elevados entre os jovens de 12 e 13 anos.

No entanto, além do tempo no ecrã, esta realidade não é isenta de problemas.

O cyberbullying é uma sombra nesta paisagem, com mais de 140 casos mensais registados pela GNR, afetando o que deveria ser um ambiente seguro para os jovens.

A linha entre a inclusão social e o isolamento, entre a diversão e a dependência, é ténue.

Apesar de 81% dos pais reconhecerem o potencial educativo da tecnologia, muitos subestimam a frequência de abusos em plataformas de chat, onde a nível global, os estudos registaram um incidente abusivo a cada 7 minutos.

Contra a noção de proibição, surge a ideia de autorregulação.

Eduarda Ferreira, psicóloga educacional, advoga que regras claras e firmes são essenciais para garantir uma navegação segura online. Não se trata de impor um controlo absoluto, mas de promover a capacidade de os jovens tomarem decisões prudentes online, reforçando a importância de um diálogo aberto e compreensivo.

Catherine Allen, do IET, enfatiza a importância de os responsáveis compreenderem a realidade online das crianças de hoje, incluindo pais e políticos.

A maioria dos pais (76%) defende leis mais apertadas para proteger quem acede a experiências online imersivas e 64% mostram-se preocupados com a possibilidade de interações com estranhos dessensibilizarem as crianças para perigos reais.

Perguntas:
1* Acreditam que a imposição de limites de tempo nos videojogos é uma estratégia eficaz para promover um uso saudável da tecnologia pelos mais jovens?


2* Como pode o marketing digital ser utilizado para educar os pais sobre as tendências atuais do comportamento online dos jovens e os potenciais riscos associados

Leituras complementares:

https://eandt.theiet.org/content/articles/2023/06/children-spend-more-time-online-than-in-real-world-research-finds/

https://tek.sapo.pt/noticias/internet/artigos/ha-uma-medida-certa-para-o-tempo-que-o-seu-filho-passa-a-jogar-online

https://nation.africa/kenya/blogs-opinion/blogs/digital-literacy-can-safeguard-children-online-4423826

Sobre o Podcast Marketing por Idiotas

O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico.

O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.

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