Começa nesta quinta-feira (30) a 28ª edição da COP, encontro anual dos líderes globais para debater e tomar medidas para evitar a catástrofe climática. Neste ano, o encontro será realizado em Dubai, capital dos Emirados Árabes Unidos – sétimo maior produtor de petróleo do planeta – exatamente quando o consumo de combustíveis fósseis está no centro do debate. Para analisar o que se espera da COP deste ano, Natuza Nery entrevista Stela Herschmann, especialista em política climática do Observatório do Clima. Neste episódio: - Stela esclarece a pauta principal da agenda de negociações desta COP: o balanço global. “É uma avaliação periódica sobre os objetivos do Acordo de Paris”, afirma. “O que a gente já sabe é que existe uma lacuna entre o que os países propõem e o que precisa ser feito”; - Ela comenta também a expectativa sobre a construção de um fundo para financiar os países que mais sofrem com as mudanças climáticas. “A boa notícia é que parece que vai sair. Mas, para ser operacional, ele precisa de dinheiro”, avisa; - Stela critica o que chama de “conflito claro de interesses”: os Emirados Árabes Unidos sediam a Conferência do Clima. E alerta para as “cascas de banana” que podem aparecer nos acordos firmados para redução do consumo de combustíveis fósseis; - Ela acredita que há uma grande expectativa para um possível protagonismo do Brasil na COP – e destaca a redução no desmatamento da Amazônia como um aspecto positivo para o país. “O Brasil chega com muitos resultados, mas dentro de casa temos lambanças no Congresso Nacional”, conclui.
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