Zangam-se as comadres, sabem-se as verdades. A campanha interna para a sucessão de Costa, trouxe alguma roupa suja e episódios pouco edificantes. O caso mais recente é uma insinuação de Porfírio Silva em que este vice-presidente da bancada parlamentar do PS sugere que José Luís Carneiro usou meios do Estado para que o cantor Tony Carreira lhe declarasse apoio político. Valha o que valer o apoio de Tony Carreira, este fim de semana se saberá quem sucede a Costa. Quem não tem dúvidas sobre as suas preferências é o Presidente da República; Marcelo gostaria que Costa continuasse líder do PS. Ironia ou traquinice? Que cada um decida por si. Em simultâneo, o caso do pistolão, que começou com Marcelo no papel de protagonista, tem agora como personagem principal Lacerda Sales; e em breve, quiçá, a própria secretária do ex-secretário de Estado. Há ainda as declarações de Rui Rio, exigindo a demissão da Procuradora-Geral da República, sem receio de entalar o seu sucessor na liderança do PSD. E há a “barafunda” dos Açores (expressão de António Costa), que provocou a marcação de eleições um mês antes das legislativas, com leituras inevitáveis a nível nacional.
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