Ela nasceu em São Paulo, no Amparo Maternal, uma instituição de apoio à gestantes em situação vulnerável. Com poucos dias de vida, foi adotada por um casal, cuja mulher havia perdido o filho no parto. Quando tinha 4 anos de idade seus pais adotivos se separaram. O divórcio foi litigioso e bastante traumático. Seu pai tornou-se então ausente.
A situação financeira fez sua mãe voltar a trabalhar e estudar. Assim, ela e seu irmão mais novo foram criados pela avó materna, dona Cida, uma mulher simples, na época analfabeta e dona de uma força imensurável.
Incentivada pela mãe, praticou bastante esportes. Começou com a natação, depois a ginástica artística, esportes de quadra, dança e chegou a competir na ginástica aeróbica. Dançando ela encontrou a válvula de escape para tantas emoções represadas. Na época também tocava piano onde ficava por horas, isolada em seu mundo. O movimento, a música e o esporte assumiram um papel importante e muito especial em sua vida.
Aos 9 anos de idade descobriu que era adotada e seu mundo caiu. A sensação de ter sido enganada e as dúvidas pesaram sobre ela. Nessa mesma época sofreu um abuso sexual e novamente veio o sentimento de culpa e medo. Na adolescência teve a primeira crise de depressão e anorexia.
Prestou vestibular e passou em Educação Física e Jornalismo. Optou pelo segundo porque, segundo seu pai, com a educação física ela morreria de fome. No meio da graduação descobriu que gostava mesmo era de trabalhar com o movimento e esporte. Matriculou-se em Educação Física e cursou as duas faculdades enquanto trabalhava.
Problemas de relacionamento com a mãe a fizeram sair de casa com 21 anos de idade. Estudava de manhã e dava aulas de ginástica o resto do dia. O dinheiro dava para o básico e muitas vezes pulava uma refeição para ter como pagar suas contas. Foi difícil, mas libertador. Seus finais de semana eram preenchidos com esporte e ela geralmente pedalava e corria. Viveu um relacionamento sério e com o casamento marcado, descobriu a traição, o que lhe feriu a alma.
Em 2004, então com 27 anos de idade, decidiu morar com o pai e para evitar conflitos quando ele chegava alcoolizado em casa, voltou a nadar. Nos intervalos das aulas na academia pedalava no spinning e corria. Foi o começo do que viria a ajuda-la pelo resto da vida, estar em paz consigo mesma e desacelerar seus pensamentos. Nessa época teve bulimia e crises de depressão. Durante um desentendimento com o pai, foi convidada a deixar casa dele. Tentou morar com mãe, mas foi aconselhada por ela a procurar uma pensão.
Foi talvez um dos momentos mais difíceis da sua vida. Deprimida, sem conseguir trabalhar e sem condições de se sustentar sozinha. Chegou a pedir para a mãe interna-la em uma clínica psiquiátrica. Uma amiga então a indicou uma terapeuta e aos poucos ela melhorou. Voltou a dar aulas e conseguiu um novo lugar para morar. Nas horas vagas nadava, pedalava e corria.
Após alguns anos, decidiu empreender e montou um estúdio de Pilates, que prosperou. Nessa mesma época viu seu pai adoecer de câncer e recusar o tratamento. Durante um ano ela sofreu calada, sentindo-se impotente. Em seu último dia de vida ela pode ver em seus olhos um pedido de perdão e arrependimento. Ela o perdoou.
Já um pouco mais confortável financeiramente, ainda lhe faltava realizar o sonho de construir a própria família. Viveu um relacionamento abusivo e violento que só foi superado com a ajuda da sua terapeuta e quando já estava conformada com a idéia de se tornar “titia”, conheceu o homem da sua vida.
Triatleta, professor de educação física e proprietário de academia. Pouco tempo depois, engravidou do primeiro filho. Começaram uma vida juntos sonhando construir uma bela família. Ele a apresentou o triathlon e com a modalidade, surgiu um caminho para superar seus fantasmas e descobrir sua força mental. Ela foi aprendendo a controlar sua fraqueza emocional.
Lá se vão doze anos juntos, dois lindos filhos, 6 provas de Ironman e uma parceria e sociedade profissional muito bem sucedida. Ela se apaixonou pelo triathlon de tal forma que se dedicou a estudar o endurance a fundo. De 2015 até hoje foram oito especializações na área.
Conosco aqui uma atleta apaixonada que nasceu aos 35 anos de idade, quando também se tornou mãe. Que descobriu no triathlon um maneira de lidar com suas forças, fraquezas e emoções. A cada competição ela aprende que é capaz de enfrentar qualquer dificuldade, mesmo sentindo medo e que, assim como na vida, quando tudo parecer perdido ou errado, se a cabeça for resiliente teremos força para aguardar dar certo e atingir nossos objetivos. A treinadora durona e futura nutricionista, para quem o esporte é muito mais do que apenas métricas e resultados, a sócia proprietária da Navas Tri, Thelma D’Amélio.
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