Indicadores econômicos, balanços empresariais e decisões dos principais bancos centrais do Ocidente.
Essa é a agenda desta "super semana", com os mercados de olho, principalmente, nas decisões de política monetária diante de uma possível recessão global.
Entram na conta o Federal Reserve System (Fed, banco central dos Estados Unidos), Banco da Inglaterra (BoE) e Banco Central Europeu (BCE), além do BC brasileiro -- alvo dos holofotes desde a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência pela terceira vez.
Depois de quase um mês ouvindo reclamações e críticas, chegou a vez do BC falar. A primeira reunião de política monetária do ano nesta segunda-feira (30), com um BC independente em um governo Lula, atrai atenção não só pela decisão da taxa de juros, que deve ficar em 13,75% a.a., mas pelos recados que o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, vai passar à gestão petista.
Para não perder o caráter institucional, o BC deve expressar preocupação com decisões arriscadas sobre gastos públicos e debates fora de propósito, que atrapalham a derrubada da inflação e, portanto, dos juros.
Entre os alvos do Comitê de Política Monetária, pode estar a volta dos bancos públicos como indutores de crescimento, não só do Brasil, mas dos países vizinhos da América Latina. Questionar a credibilidade do BC ou do sistema de metas da inflação também deve aparecer como fonte de risco para a economia.
Mesmo abusando do "economês", Campos Neto precisa mostra que não se intimida com discurso político. Esse vai ser o grande teste do BC independente na troca de governo.
Lá fora, o desafio começa a mudar de cara, de combate à maior inflação em décadas ao risco de recessão nos países ricos.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
view more