Sem nenhum discurso ou ideia inquietante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a última terça-feira (25) foi dia de olhar com mais atenção para o que está acontecendo com a inflação brasileira.
Em alta de 0,55% na primeira quinzena de janeiro, o IPCA-15, considerado a prévia oficial da inflação do país, deixou claro que ninguém mais duvida que está em curso uma desancoragem de expectativas para o comportamento do indicador ao longo dos próximos meses, e que todos os dados à mesa atestam que o atual processo inflacionário está mais enraizado, espalhado e, portanto, mais resistente.
Banqueiros centrais sabem que a inflação mais tinhosa de abaixar é aquela que não dispara, nem cai, mas se alimenta de ajustes e incertezas ao longo do caminho -- dois itens que não faltam na agenda econômica brasileira.
O debate sobre a mudança na meta da inflação que o governo quer fazer, assumindo um pedaço da política monetária que não é de sua alçada, foi adiado, pelo menos na prática. A data prevista para definir o alvo do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central é junho, e antecipar o calendário pode ser uma provocação além da conta à previsibilidade mínima sobre o mandato do BC.
Diante desse quadro, a taxa Selic deve permanecer onde está, no elevado patamar atual de 13,75% a.a., por mais tempo.
No episódio desta quarta-feira (25), o CNN Money passa pelo rol de riscos e eventos que podem dificultar a queda da inflação, além do que está acontecendo com as Big Techs internacionais, que fazem demissões em massa, perdem bilhões no mercado e preocupam até investidores brasileiros, que direcionaram capital às empresas mais bem consolidadas do mundo da tecnologia.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
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