Foi com diplomacia e institucionalidade que o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, respondeu às provocações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a independência da autarquia e o patamar da meta de inflação. Sem deixar de ser categórico, disse: "A independência do BC foi aprovada pelo Congresso e chancelada pelo STF." Depois de acesa a fogueira dentro de casa, o ministro que cuida das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), apareceu como um bombeiro nas redes sociais e disse: "Não há nenhuma predisposição por parte do governo de fazer qualquer mudança na relação com o Banco Central." Lula pode empolgar com discursos e gastar capital político à toa, mas não joga palavra, e nem ideia, fora. Ele pode, sim, alterar a rota da política monetária aumentando a meta de inflação, inclusive como fez a ex-presidente Dilma Rousseff. É difícil acreditar, porém, que o presidente não entenda que estará quebrando o termômetro apenas porque não gosta da temperatura que ele marca. Em resposta, Campos Neto sinalizou que o BC independente vai continuar buscando a estabilidade da moeda por meio de um diagnóstico realista, mesmo que em um ambiente mais volátil. No episódio desta sexta-feira (20), o CNN Money ainda se volta ao escândalo da Americanas, que teve o pedido de recuperação judicial aprovado na véspera, e a greve geral na França contra a reforma da Previdência, sugerida pelo presidente Emmanuel Macron. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
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