O anúncio de medidas econômicas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ocupou um espaço na agenda do novo governo para falar do país, e não da gestão da crise política instalada depois dos ataques aos Três Poderes no último domingo (8). A iniciativa foi bem recebida, como uma atuação pragmática da equipe econômica. O plano de Haddad agradou, mesmo que não tenha surpreendido pelo peso maior na arrecadação de receitas, e não na redução de despesas: a possibilidade de acabar com o rombo de mais de R$ 230 bilhões esse ano conta com apenas R$ 50 bilhões na ponta de corte de gastos. O sucesso das medidas é possível, porém improvável, como o próprio ministro admitiu. Ele já vai se dar por satisfeito se terminar o ano entregando um déficit abaixo de 1% do PIB - o que é bem factível, segundo analistas. Como o diabo mora nos detalhes, há muita incerteza sobre o alcance das medidas. A seta do roteiro apresentado por Haddad aponta para o lado correto, na visão de muita gente que inclusive já esteve em uma equipe econômica. Chegar no destino, porém, é outra história. Sem resistir ao apelo que sua fala produz, Haddad também deu mais uma cutucada com vara curta no Banco Central (BC) em seu discurso na última quinta-feira (12). No episódio desta sexta-feira (13), o CNN Money se debruça sobre alguns dos detalhes do plano de Haddad e traz uma primeira leitura de analistas sobre o pacote anunciado, além da repercussão do "terremoto Americanas", que causou efeitos não só no mercado, mas na confiança sobre a governança de varejistas brasileiras. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
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