A "licença para gastar" além das regras fiscais do próximo governo já tem nome: PEC de Transição. A briga, agora, é sobre o que vai entrar nesse pacote. O Congresso Nacional não vê espaço para que promessas de campanha, feitas pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sejam cumpridas antes dele assumir efetivamente. À exceção da garantia do Auxílio Brasil em R$ 600 para beneficiários e do aumento real do salário mínimo, a leitura dos parlamentares é que a lista que faz sentido político, com reajustes em uma série de pontos do Orçamento, só deve ser posta em prática quando a faixa presidencial tiver um novo dono. O próximo governo, porém, pode querer aproveitar da PEC de Transição para aprovar mais coisas. Estimada em torno de R$ 95 bilhões, a Proposta de Emenda Constitucional pode custar o dobro para abarcar outros ajustes orçamentários. O mercado financeiro, diante desse cenário, já disse um sonoro "não", tanto a Lula quanto a colaboradores do pensamento econômico do governo petista, na expectativa que o custo da PEC tenha um teto de R$ 100 bilhões. Mesmo assim, é possível que apoie a liberação desse dinheiro, desde que uma nova âncora fiscal do país apareça. No episódio desta sexta-feira (4), o CNN Money analisa cálculos feitos por economistas do mercado para acompanhar os custos políticos e fiscais da PEC de Transição, o grande assunto da economia nacional até o final do ano. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
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