Depois de quase 48 horas do resultado das eleições, o presidente atual, Jair Bolsonaro (PL), resolveu quebrar o silêncio e se comprometeu em cumprir a Constituição. Enquanto ele não falava, o ruído nas estradas brasileiras subia em muitos decibéis, com a escalada impressionante de interdições de vias essenciais do país por apoiadores bolsonaristas. Os prejuízos desses bloqueios já são estimados em bilhões de reais a diversos setores, como varejo e transporte aéreo. O mercado financeiro, porém, se descolou dessa realidade, mostrando-se distante da arruaça e até da resistência do presidente Bolsonaro em admitir a derrota nas urnas. A preocupação, agora, é com as contas públicas, com a política fiscal do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com quem será o ministro da Economia no próximo mandato. Mas até esse conjunto de preocupações ficou mais para frente. O mercado resolveu da crédito para o governo Lula, desde que arrume uma solução crível para a política fiscal dos próximos anos. Uma sinalização importante de que isso vai acontecer é a forma com que a transição de governos tem engatado: o Orçamento de 2023 é uma prioridade para a equipe liderada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckimin, cujo DNA tucano e fiscalista agradou o mercado. Alckimin, uma voz dissonante entre aqueles que são contrários ao teto de gastos, à frente desse processo estimulou mais um dia de Bolsa de Valores em alta e dólar em queda. No Brasil, os mercados não operam por conta do feriado de Finados, mas, nos Estados Unidos, eles não só operam como seguem ansiosamente no aguardo do resultado da reunião de política monetária do Federal Reserve System (Fed, o banco central norte-americano), cujo resultado será divulgado na tarde desta quarta-feira. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
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