Enquanto o mercado segue de olho nas movimentações dos candidatos à Presidência da República, sobretudo no que diz respeito às políticas econômicas de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um dado publicado na última segunda-feira (17) acendeu um alerta para o ritmo da atividade brasileira. O IBC-Br, considerado a "prévia do Produto Interno Bruto (PIB)" do Banco Central, veio bem pior que o esperado, com recuo de 1,13%. A expectativa era de queda de 0,3% a 0,5%. Alguns economistas dizem que os juros altos já estão mostrando seu impacto na economia, ao mesmo tempo em que a desaceleração global se mostra imperativa. Outros, porém, avaliam que talvez se trate de um efeito sazonal, que acontece quando datas comemorativas significativas impedem uma leitura mais precisa do momento econômico, como o Natal, que já bate à porta. Nessa toada, o efeito sazonal é tirado da conta para que o resultado seja mais alinhado à realidade -- processo que se tornou mais complexo com o abre-e-fecha da pandemia. Ainda assim, as perspectivas para o PIB fechado do ano seguem acima de 3%, por causa do chamado "efeito carrego", que vê o bom desempenho do primeiro semestre se estendendo mesmo em um cenário de dificuldades. Não se sabe o quanto desse crescimento é estrutural, embasado pelas reformas feitas na economia, ou circunstancial, movido por medidas governamentais tomadas em ano de eleição. O que fica de alerta é para o ano de 2023, que já tem uma previsão de desaceleração para cerca de 0,5% e um alto grau de incerteza quanto ao que esperar das políticas econômicas o próximo governo. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
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