A semana começou com um forte rali nas bolsas globais. Diante da fraqueza de dados norte-americanos sobre atividade industrial e geração de empregos, bem como de uma alta mais moderada nos juros australianos, investidores passaram a nutrir esperanças de que os bancos centrais seriam mais comedidos no ritmo de elevação de juros. O bom humor global, que inclusive influenciou no desempenho da Bolsa brasileira na segunda-feira (3) após o primeiro turno das eleições, acabou na última quarta-feira (6). O relatório de empregos ADP dos EUA mostrou uma criação de postos de trabalho acima do esperado, e o ritmo do setor de serviços também encolheu a um ritmo menor que o desejado pelo mercado. Esse é mais um daqueles episódios "dados bons são ruins", uma vez que indicam uma atividade econômica forte, que, por sua vez, reforça a perspectiva de inflação alta e de elevação da taxa de juros. A decisão da Opep+ em cortar a produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia também interfere no sobe-e-desce das bolsas: o cartel reduziu a oferta para segurar a queda de preços da commodity, o que encarece não só o barril, mas também os preços de energia como um todo. O resultado é mais temor de aumento de juros e esfriamento das economias como consequência. A tese de recessão voltou com força nesta quinta-feira (6), fazendo com que as bolsas operassem mistas e voltassem para a tendência de baixa vista nas últimas semanas. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
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