Uma audiência realizada pelo Congresso americano nesta semana escancarou alguns dos crimes aos quais crianças e adolescentes estão expostos nas redes sociais. Vítimas relataram abusos sexuais, cyberbullying e até indução ao suicídio frente a frente com representantes das principais plataformas do mundo – caso da Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), Tiktok, Snap, Discord e X (antigo Twitter). No Brasil, durante a abertura do ano de trabalho do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Alexandre de Moraes discursou duramente em prol da responsabilização das big tech nas redes sociais. Para entender o que está em jogo nas casas legislativas e judiciárias de EUA e Brasil e os riscos da internet como terra sem lei para crianças e adolescentes, Natuza Nery entrevista Kelli Angelini, advogada especialista em educação digital e autora do livro “Segredos da internet que crianças e adolescentes ainda são sabem”. Neste episódio: Kelli comenta o pedido de desculpas de Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, às famílias de vítimas de crimes em redes sociais: “Não sabemos a intenção, mas não muda o que está por vir. Nada tem sido eficaz o suficiente até aqui”; (3:05) Ela justifica que, ainda que não haja legislação específica para redes sociais no Brasil, as empresas precisam levar em consideração o que diz a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente em seus modelos de negócio. “A omissão também gera responsabilização”, resume; (6:00) A advogada cobra a aprovação de uma lei específica para a proteção de crianças e adolescentes na internet. “Agora, empresas estão lucrando com o uso delas nas redes sociais. Sem a responsabilização efetiva das big techs, nada as motivará”, afirma; (12:10) Kelli alerta para como os pais e responsáveis devem agir para garantir a segurança de menores de idade nas redes. (23:15)
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