Podcast Marketing por Idiotas - RFM
Business:Management & Marketing
A Apple e o Metaverso, os EUA v. Google e Tecnosexualidade – e179s01
Episódio de: 18 de Fevereiro, 2024 Download do podcast
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MIGUELNas últimas semanas tenho apanhado todos os dias com imensos vídeos sobre os Apple Vision Pro…os óculos de realidade aumentada e virtual da apple.
Este é um daqueles casos em que realmente assistimos à elegância da máquina de marketing da apple.
A forma como este produto está a ser apresentado, distribuído e comunicado por dezenas de milhares de influencers por todo o mundo.
Confesso que o iphone não me diz nada…mas o Apple Vision Pro disse-me.
Não é por ver os vídeos de pessoas a andarem na rua com os óculos…
Não sei porque …mas foi porque pela primeira vez senti que isto foi o principio dos próximos 10 anos a nível de tecnologia de hardware, user experience, software e essas coisas todas.
Vamos começar a ver a corrida para tornar os aparelhos mais práticos e menos invasivos.
Da mesma forma vamos começar a ver uma corrida para criar apps e experiências de realidade aumentada à medida que esta nova ideia for adotada pelos utilizadores.
Claro que vamos assistir a todo o tipo de reações à medida que formos vendo pessoas a andar na rua com os seus óculos.
Vai ser como há 24 anos atrás quando viamos pessoas a andar na rua a falar ao telemóvel…lembram-se da música dos daweasel?
Seja como for para mim o sonho do metaverso voltou em grande.
E uma coisa interessante…como nunca na vida daria 3.500€ por uns apple vision pro fui logo procurar as alternativas…nomeadamente o meta quest etc.
Encontrei imensas aplicações tanto para PC como para android que servem para criar ambientes de trabalho virtuais, com as janelas a flutuar…
Vi reviews de pessoas a utilizarem as ferramentas que eu uso diariamente como o dreamweaver, photoshop, premiere, etc.
Vi um pouco de tudo relacionado com o metaverso…
E aparentemente não fui o único.
O Wall Street Journal diz que a entrada em grande da apple no mercado da realidade virtual fez os executivos da meta esfregarem as mãos de otimismo em relação ao hype gerado no mercado…a chegada de novos utilizadores…e claro…o meta quest espera ser o headset de eleição no mercado android.
Apesar de que pessoalmente acho a ideia dos comandos na mão um parenteses… a solução apple pareceu muito mais cool e intuitiva.
Mas pronto hoje não venho fazer comparações entre quest e vision pro…
Mas talvez mais importante que isto tudo é o facto da entrada da apple é vista como uma validação da aposta do Mark em reorientar o Facebook para o metaverso.
O All-in do mark no metaverso há uns anos não fez ressonância com os utilizadores e diz-se que a empresa perdeu 47 bilhões nos laboratórios de metaverso desde 2019.
Mas será que se vai manter assim?
Relembramos que o mundo mudou o ano passado quando a inteligência artificial substituiu a ideia de metaverso e crypto.
Mesmo assim o Mark nunca desistiu ou negou o sonho…mesmo quando houve algumas situações em que a meta foi gozada.
A meta vai continuar a investir 15 mil milhões por ano na divisão de metaverso.
Eu sou daqueles que acredita que o lançamento dos apple vision pro fez mais pelo metaverso em 2 semanas que a META em 3 ou 4 anos.
Agora a questão que coloco ao painel é:
https://www.businessinsider.com/meta-apple-vision-pro-launch-metaverse-mixed-reality-mark-zuckerberg-2024-1
DIOGOEntão, eu tinha prometido falar disto e cá estou eu, vamos falar do caso em tribunal do departamento da justiça dos EUA versus a Google e toda a informação que agora sabemos como também olhar para os possíveis futuros da publicidade nos motores de pesquisa e como nos prepararmos.
Então para contexto, a Google está a ser julgada por alegadamente usar táticas desleais para garantir que continua a ser o principal motor de pesquisa do mundo. Ao longo das 10 semanas de tribunal, os especialistas argumentaram que as configurações padrão desencorajam a mudança dos utilizadores. O Departamento de Justiça dos EUA alegou que a Google usou táticas dissimuladas para manter seu domínio na pesquisa.
Isso inclui pagar milhões a empresas como a Apple para tornar o Google o motor de pesquisa padrão nos seus dispositivos.
Enfim, muito mais poderíamos estar aqui a falar mas quero me concentrar exatamente nesta parte dos anúncios, e agora peço desde já desculpa porque vai ficar um pouco técnico mas vou contar com a ajuda dos meus comparsas para descomplicar… Reparem nisto:
Fred e Miguel vocês sabem como a Google determina quem fica em primeiro lugar com os anúncios no Google Ads, certo? Então expliquem à nossa audiência sff:
Então Diogo, isso é fácil. É pelo Adrank que é uma combinação de quem paga mais por clique mais a relevância do anúncio determinada pelas extensões e o índice de qualidade.
Pois é… Eu pensava o mesmo, mas não… Depois do tribunal, nós sabemos agora que para lá de quem paga mais por clique temos um factor que a Google chama de LTV, ou lifetime value que tenta determinar o impacto negativo ou positivo na pesquisa. Não sabemos exatamente como esse LTV é calculado, mas está relacionado com uma previsão se o clique naquele anúncio poderá ter um impacto negativo para a experiência do utilizador e para Google.
E agora vocês pensam:
Epá isso é importante saber e realmente assim pode ser difícil simplesmente estar nas primeiras posições.. Ainda bem que agora já sei…
E eu digo-vos, esperem… porque há mais… Sim. Agora sabemos também que o Google Ads para determinar quem realmente fica primeiro ainda usa mais um factor ao que chamamos de Randomized Generalized Second-Price (RGSP) ou em português, O segundo preço geral aleatório, que como o próprio nome indica determinada quem fica em primeiro lugar dos concorrentes que têm um Adrank próximo e um LTV próximo será aleatório.
A única forma de garantir mesmo o primeiro lugar é estar disposto a pagar muito mais por clique que o adversário. E claro, agora lembrem-se que a Google quer ao máximo que vocês utilizem bids automáticos.
Ou seja, no final do dia, a Google consegue fazer mais dinheiro.
Mas imaginem que a Google perde o caso mesmo recorrendo.. O que pode acontecer?
PRevê-se que pode haver mudanças nas Práticas da Google como:
E se isto acontecer? O que pensam vocês, como nós podemos nos preparar para mais motores de pesquisa, mais transparência ou mesmo sabendo agora que temos outros fatores a influenciar no Google Ads? O que podemos nós fazer?
What is RGSP? Google’s Randomized Generalized Second-Price ad auctions explained (searchengineland.com)
U.S. vs. Google antitrust trial: Everything you need to know (searchengineland.com)
A look inside Google’s advertising auctions (bigtechontrial.com)
De relembrar que Google terá um novo processo em tribunal este ano por alegado abuso na dominância do mercado de publicidade digital.
https://searchengineland.com/google-us-antitrust-jury-trial-september-437225
FREDNuma tarde chuvosa de fevereiro, a solidão ecoa numa casa vazia, mas a internet promete companhia.
O nosso ouvinte abre o computador, e um site anuncia “Cria a tua namorada ideal com Inteligência Artificial.,” e assim começa a jornada da tecnosexualidade.
Alexandra, a companheira virtual, materializa-se com um simples clique, diluindo as fronteiras entre o humano e o tecnológico.
É a personificação das vossas fantasias mais íntimas, entrelaçadas com bytes e circuitos.
A tecnologia, outrora um mero acessório nas nossas vidas, faz-nos questionar: seremos tecnosexuais?
Mas o que é isso?
* Utilizar aplicações de namoro para formar ligações românticas ou sexuais.
* Ter brinquedos sexuais ligados à Internet, como vibradores Bluetooth controlados por aplicações.
* Criar ou interagir com parceiros virtuais ou assistentes sexuais de IA personalizados.
* Explorar desejos e fetiches através de realidade virtual (VR) ou realidade aumentada (AR).
* E para encerrar, Sim, estavam a pensar se assistir a sites pornográficos ou eróticos online pode ser considerado parte das práticas tecnosexuais, SIM! SIM!, dado que envolve o uso de tecnologia para explorar e satisfazer desejos sexuais.
Então já perceberam que desde aplicações de encontros que transformaram o “dating” em algo tão banal quanto deslizar um dedo, até brinquedos sexuais inteligentes que prometem prazeres orquestrados, estamos numa encruzilhada de intimidade e inovação.
A fusão entre o humano e a máquina aproxima-nos dos nossos desejos ou vai alienar-nos da realidade?
De acordo com uma matéria no NTY Times, a resposta não é simples.
Um olhar mais comum ao panorama do Dia dos Namorados de 2024 sugere otimismo.
A Euromonitor International aponta sinais de recuperação da confiança do consumidor, prevendo-se um aumento nas vendas de presentes, experiências luxuosas e indulgências como chocolate e vinho.
Os principais presentes incluem chocolates (57%), cartões comemorativos (40%), flores (39%), saída à noite (32%), joias (22%), roupas (21%) e cartões-presente (19%).
Esta empresa de estudos refere existir uma tendência crescente para experiências sobre bens materiais, com um interesse recorde em bem-estar de luxo.
Enquanto alguns celebram a expansão dos nossos horizontes sexuais através da tecnologia, outros lamentam uma possível “recessão sexual”, onde a abundância de estímulos virtuais pode estar a esvaziar o significado do contato humano real.
Seremos nós, então, pequenos ciborgues sexuais, navegando num mar de gratificação instantânea, mas perdendo o toque da ligação verdadeira?
Esta narrativa não termina com respostas definitivas, mas com perguntas que convidam à reflexão.
Pergunta:
O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico.
O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.
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