Em 1997, terceiro ano do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso como presidente da República, a proposta para que ocupantes de cargos executivos tentassem um novo termo foi aprovada. No ano seguinte, FHC se reelegeu, assim como seus sucessores Lula e Dilma Rousseff – em 2022 pela primeira vez um presidente não conseguiu um segundo mandato. Entre prefeitos e governadores a taxa de sucesso também é alta. Para o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chegou a hora de avaliar se os efeitos da reeleição foram positivos ou negativos para o país. No Senado, Pacheco pretende levar a plenário a proposta de acabar com o mecanismo e, consequentemente, mudar a extensão dos mandatos de 4 para 5 anos – no caso dos senadores, de 8 para 10 anos. Para avaliar o timing político da pauta e analisar os prós e contras da reeleição nestas últimas três décadas, Julia Duailibi conversa com o cientista político Fernando Abrucio, professor da FGV-SP.
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