O que falta para que mulheres tenham paridade em salários e cargos?
Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre desigualdade de gênero no Brasil mostrou avanço na luta das mulheres por igualdade no mercado de trabalho. O estudo utilizou uma escala de 0 a 100, na qual quanto mais próximo de 100, maior a equidade. Desde 2013, houve um aumento da paridade salarial em 6,7 pontos, saindo de 72 para 78,7 em 2023. O Brasil também teve aumento de 9,5% na presença feminina em cargos de liderança, chegando a quase 40% das posições.
Recentemente, o Banco Mundial avaliou 190 economias e, entre elas, menos de 40% possuem medidas para igualdade de gênero. O documento também revela que apenas 98 países têm leis que exijam salários iguais entre homens e mulheres.
Aqui no Brasil, o governo federal sancionou uma lei que visa a garantir igualdade salarial entre homens e mulheres. O texto estabelece medidas para tornar os salários mais justos e também aumenta a fiscalização contra a discriminação. A medida foi, inclusive, uma das condicionantes para que a então candidata Simone Tebet, hoje ministra do Planejamento, apoiasse o petista no segundo turno contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O problema é que a própria gestão petista não tem feito o dever de casa. Dos atuais 38 ministérios de Lula, apenas 9 estão sendo comandadas por mulheres: Gestão e Inovação, Mulheres, Saúde, Cultura, Igualdade Racial, Planejamento, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente e Povos Originários.
Além disso, nas duas oportunidades em que teve para indicar um ministro do Supremo Tribunal Federal, Lula escolheu homens, inclusive no lugar de uma mulher, Rosa Weber. Com isso, a Corte conta agora com apenas uma mulher, a ministra Cármen Lúcia.
Afinal, dá para dizer que houve um avanço significativo na equiparação entre homens e mulheres no mercado de trabalho? Na esfera pública, as ações do governo têm ficado apenas na promessa? No ‘Estadão Notícias’ de hoje vamos conversar sobre o assunto com Alessandra Falsarella (@focanotrabalho), gerente de Carreira e Liderança na BRQ.
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Apresentação: Emanuel Bomfim
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Gabriela Forte
Sonorização/Montagem: Moacir Biasi
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